Os pomares de cerejeiras registam quebras de produtividade muito significativas, na ordem dos 50%, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) nas suas previsões agrícolas, em 31 de Maio de 2023.
“Os factores que contribuíram para esta situação foram a falta de horas de frio atempadas, as amplitudes térmicas muito acentuadas na fase da floração/polinização, que prejudicaram o vingamento dos frutos e, posteriormente, a continuação de temperaturas muito elevadas, que aceleraram a maturação dos frutos, especialmente das variedades precoces, em alguns casos sem que fosse atingido o calibre normal”, referem os técnicos do INE.
Por outro lado, acrescentam, a precipitação dos últimos dias de Maio, em algumas zonas com forte intensidade, afectou a produção das variedades em fase de pré-maturação e maturação, que nesta altura são a maioria e quase todas de polpa dura (com menos resistência à pluviosidade), observando-se o fendilhamento/rachamento de uma elevada percentagem de frutos, com consequências na capacidade de conservação. Face a este cenário alguns produtores optaram por não colher a produção destes pomares.
Pessegueiros pouco afectados pelo calor e seca
Quanto ao pêssego, diz o INE que as condições meteorológicas adversas, principalmente as elevadas temperaturas, não afectaram a cultura, que apresenta um desenvolvimento vegetativo normal para a época, com as previsões a apontarem para uma produtividade próxima dos valores normais.
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