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Comprar produtos locais é um dever para 45% dos portugueses

Os produtos locais agradam os consumidores europeus. É esta a opinião expressa por 89% dos inquiridos no último estudo internacional Observador Cetelem. E os portugueses são os que se mostram mais agradados (94%), sendo que para 45% dos cidadãos o consumo de bens produzidos localmente é encarado acima de tudo como um dever, seguido de um objectivo que se propõem a alcançar (28%).

O desenvolvimento económico e as preocupações com a sustentabilidade vieram valorizar a importância do consumo local. Segundo dados do Observador Cetelem Consumo 2019, os produtos locais agradam aos consumidores europeus.

Esta é a opinião expressa por 89% dos inquiridos em 17 países. Os portugueses são os que se mostram mais agradados (94%), seguidos dos austríacos (93%), alemães (92%), italianos (92%) e romenos (90%). Noruegueses (74%) e dinamarqueses (79%) expressam um entusiasmo mais modesto.

Produto europeu é produto local?

Porém, num Mundo cada vez mais globalizado, com produção distribuída pelo planeta e o aumento do consumo à distância, uma questão impõe-se: o que pode ser considerado um produto local?

 

Quando questionados sobre o que é um produto local, em média, 64% dos cidadãos europeus consideram que se trata de um produto fabricado na região onde vivem e 31% são da opinião que local rima com nacional. Apenas 5% consideram como produto local um que seja fabricado num país Europeu, o que demonstra dúvidas sobre a coesão do mercado único.

Clube dos “regionalistas”

Efectivamente, existem percepções muito diferentes deste conceito. Alemanha (85%), Espanha (81%), Áustria (79%), Itália (76%), França (75%) e Portugal (65%) formam o clube dos 6 “regionalistas”, com pontuações muito superiores à média Europeia. Os países do Leste da Europa igualam um produto local a nacional, sendo esta opinião particularmente prevalecente na Bulgária e na República Checa (72% e 66%).

A meio caminho situa-se o Reino Unido (46% regional, 48% nacional), assim como a Polónia, a Dinamarca e a Bélgica, embora em menor escala. A Eslováquia, a República Checa e a Roménia são os que mais valorizam a proveniência Europeia dos produtos locais (34%, 22% e 17%).

 

Dever, expressão patriótica e protecção do ambiente

A promoção do consumo local é principalmente assumida como um dever pelos portugueses (45%) e pelos italianos (34%) assim como pelos franceses (25%), embora em menor escala.

A maioria das restantes nações apresenta uma nota inferior à média, sendo a Suécia o país que se mostra mais indiferente em relação ao tema (9%). Esta noção de dever associa-se a um impacto maioritariamente positivo no domínio socioeconómico.

Os portugueses (64%) e os búlgaros (60%) são os que mais partilham desta opinião, ao passo que os dinamarqueses e os suecos, assim como os franceses, se mostram mais indiferentes. Menos de metade dos consumidores europeus (43%) consideram que o consumo local constitui uma boa forma de promover a criação de emprego e os portugueses são de longe os mais investidos (63%) nesta ideia.

O consumo local é encarado como uma forma de expressão patriótica para 35% dos polacos e 34% dos romenos e para apenas 27% dos portugueses. Noutros países europeus, o consumo local representa, acima de tudo, uma forma valiosa de proteger o ambiente, ponto de vista que é partilhado por 42% dos cidadãos. Deste grupo faz parte a Suécia (61%), a Alemanha, a Áustria (55%) e a Itália (47%). Apenas 26% dos portugueses subscrevem a ideia.

Observador Cetelem Consumo 2019

Os inquéritos quantitativos aos consumidores foram conduzidos pela Harris Interactive entre 27 de Novembro e 10 de Dezembro de 2018, numa amostra de 13 800 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos.

Estes foram realizados através de entrevistas pessoais assistidas por computador (CAPI). Os indivíduos inquiridos fazem parte de amostras nacionais representativas de cada país.

A representatividade da amostra total foi garantida através do método de quotas (género, idade, PCS/rendimentos, região). País: França (FR), 1 O00 indivíduos inquiridos. Alemanha (DE), Áustria (AT), Bélgica (BE), Bulgária (BG), Dinamarca (DK), Espanha (ES), Hungria (HU), Itália (IT), Noruega (NO), Polónia (PL), Portugal (PT), República Checa (CZ), Roménia (RO), Reino Unido (UK), Eslováquia (SK), Suécia (SU): 800 indivíduos inquiridos por país.

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