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Como plantar e cuidar de roseiras: dicas e informações úteis para ter rosas bonitas

Artigo de opinião de Rosa Moreira, Eng.ª Agrónoma, promotora do site A Cientista Agrícola

As roseiras marcam presença assídua em grande parte dos jardins um pouco por todo o mundo. Conhecidas pelos seus múltiplos fins, as rosas são das plantas com flor mais versáteis que existem e por isso têm grande relevância económica na floricultura e paisagismo. Aprenda neste artigo alguns truques e dicas de como plantar e  cuidar de roseiras de forma correta, conferindo ao seu jardim um toque de beleza inconfundível.

Roseiras: conheça melhor esta planta

As roseiras fazem parte da família das Rosáceas e género Rosa, ao qual pertencem dezenas de espécies distintas.

A esta família pertencem fruteiras como cerejeiras, macieiras, ameixeiras, pessegueiros, entre outras árvores de fruto.  Nos últimos anos, as roseiras têm sofrido um intenso melhoramento genético, operação que tem resultado numa série de variedades comerciais incríveis caracterizadas pela sua beleza inconfundível.

O tipo de crescimento das roseiras também varia consoante a variedade escolhida e pode ir desde roseiras arbustivas ou até mesmo roseiras trepadeiras bem como estas podem adquirir uma infinidade de cores marcantes.

Existem ainda variedades de roseiras remontantes e não remontantes.

As variedades de roseiras remontantes entram em floração mais do que uma vez por ano. Já as variedades de roseiras não remontantes, apenas florescem num período de um a dois meses por ano.

É importante ainda dividir as roseiras em grupos distintos consoante as suas características diferenciadoras:  rosas antigas do jardim (mais robustas e resistentes a pragas e doenças), rosas modernas (mais utilizadas, variedades comerciais) e as rosas silvestres e híbridos (espontâneas na Natureza). A escolha de qualquer um dos tipos de roseiras descritas acima varia consoante os seus gostos e preferências pessoais, no entanto, aconselho-o sempre que possível a optar por variedades portuguesas de roseiras como por exemplo a conhecida Bela-Portuguesa.

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Como cuidar de roseiras: a propagação

Propagar estacas por estaca, alporquia ou enxertia são alguns dos exemplos mais comuns de multiplicação destas plantas com flor.

No entanto, caso não seja possível nenhum dos métodos acima referidos, pode optar sempre pela solução mais fácil que é comprar exemplares desta planta com raiz nua ou em vaso em centros de jardinagem ou outras lojas de especialidade.

Ao optar por comprar num destes locais atrás referidos, certifique-se sempre que está a adquirir material certificado e livre de pragas e doenças.

Evite comprar roseiras com manchas negras nas folhas ou com um caule demasiado espesso pois pode ser sinal que o material pode não ter a qualidade pretendida ou já ser velho.

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Como cultivar roseiras: tudo o que deve saber

Para cultivar roseiras deve garantir algumas condições edafo-climáticas para que o seu crescimento e desenvolvimento se dê de acordo com o esperado.

As roseiras gostam de solos com uma boa drenagem dado que o excesso de água no mesmo pode ser promover o apodrecimento das raízes e o aparecimento de doenças foliares.  Por essa razão, além de garantir esta condição, tenha em atenção que não rega em demasia as suas roseiras de forma a evitar problemas futuros.

Uma boa dica que posso dar para que a plantação de roseiras seja um sucesso é que use um substrato adequado a este tipo de plantas como por exemplo o SIRO Roseiras.

 Como uma  composição enriquecida com o corretivo orgânico – Siro Agro 2 e com o adubo orgânico biológico, fornece uma nutrição equilibrada e prolongada, ideal para este tipo de plantas, estimula o correto desenvolvimento do sistema radicular e consequente crescimento saudável da planta. Saiba mais sobre este substrato aqui.

Pode plantar roseiras em vaso, canteiros ou directamente no solo.

Se optar por plantar directamente no solo, distancie as roseiras pelo menos 50 cm umas das outras dado que, adoptando este procedimento está a promover a circulação de ar e consequentemente a diminuição do aparecimento de doenças.

Caso opte por plantar roseiras em vaso ou canteiros, escolha recipientes de grandes dimensões de forma a não “congestionar” o desenvolvimento das raízes.

A poda de roseiras

Outra operação cultural imprescindível para o bom crescimento e desenvolvimento das roseiras é a poda. As roseiras devem ser podadas quando se encontram no período de dormência, com excepção das roseiras que apenas florescem uma única vez no Verão. Por essa razão, a melhor altura para podar roseiras situação entre Janeiro a Fevereiro, tendo em conta a possibilidade de ocorrência de geadas.

Para esta operação, utilize uma tesoura de poda de boa qualidade, que corte bem e seja fácil de manusear.

Segure a tesoura da poda de forma a que apoiar a lâmina cortante a efectuar um bom corte. O corte deve ser realizado na diagonal de maneira a que a chuva que possa ocorrer, escorra pela “ferida” de forma a minimizar as hipóteses do ramo apodrecer.

Identifique os ramos da roseira que já deram flor e corte-os muito abaixo do ramalhete de forma a promover o desenvolvimento de novos rebentos.

Na Primavera e Verão deve também fazer uma poda de limpeza nas suas roseiras de forma a eliminar ramos secos, danificados e doentes e garantir a sanidade da planta.

Lembre-se: ter roseiras bonitas exige cuidados redobrados. Observe regularmente as suas roseiras de forma a identificar principais problemas nas suas flores tais como o aparecimento de doenças e pragas. O melhor é sempre agir de forma preventiva de forma a minimizar possíveis danos e conseguir que as suas rosas estejam sempre magníficas.

E vocês, também tem roseiras em casa? Quais os principais cuidados que lhes aplicam?

Agricultura e Mar Actual

 
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