AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A precipitação ocorrida a partir de meados do mês de Setembro, associada às temperaturas ainda amenas, proporcionaram as condições para o início da regeneração das áreas de pastoreio de sequeiro, que se encontravam secas e sem qualquer valor nutritivo.
Segundo as previsões agrícolas em 30 de Setembro de 2021 do Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Outubro de 2021, as disponibilidades dos restolhos das culturas forrageiras e dos cereais de Inverno foram diminuindo ao longo do Verão, sendo necessário recorrer ao contributo dos fenos e silagens para suprir as necessidades dos efectivos em produção extensiva, em quantidades próximas das habituais nesta época do ano.
Por outro lado, avançam os técnicos do INE que as condições meteorológicas permitiram uma produção forrageira globalmente superior à obtida na campanha anterior (estima-se um aumento entre 10% e 20%), garantindo as necessárias provisões para alimentar os efectivos nos períodos de menor produção forrageira das pastagens (Verão/Inverno).
Setembro chuvoso
O mês de Setembro caracterizou-se, em termos meteorológicos, como chuvoso. O valor médio da precipitação, 66,8mm, foi 24,7mm superior à normal (1971-2000), tendo sido o quarto Setembro mais chuvoso desde 2000.
A precipitação concentrou-se principalmente em quatro dias (13, 14, 23 e 25) e ocorreu sob a forma de aguaceiros, por vezes fortes, acompanhados por trovoadas. Apenas nas regiões do litoral a Sul de Sines e nalgumas zonas dos distritos de Santarém e Setúbal o valor de precipitação foi inferior ao normal.
Quanto à temperatura, Setembro classificou-se como normal, com uma temperatura média do ar de 20,4ºC (+0,1ºC, face à normal 1971-2000).
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