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Foto: Ramogrande

Carne Ramo Grande dos Açores já tem Denominação de Origem Protegida

A Comissão Europeia aprovou a Denominação de Origem Protegida (DOP) para a carne de bovino dos Açores da raça Ramo Grande.

Para o secretário Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Açores, António Ventura, a atribuição da Denominação de Origem Protegida à carne do Ramo Grande “é um motivo de orgulho para os Açores”, e vai permitir valorizar mais o produto.

“Este produto único, que resulta do saber fazer, das condições edafoclimáticas e geográficas, no caso da Região, junta-se agora a uma lista de outros produtos açorianos com qualificações comunitárias, reconhecidas nos acordos internacionais da União Europeia”, destacou António Ventura.

Segundo o registo efectuado pela Comissão, trata-se de uma carne de cor vermelha-viva (que tende a tornar-se mais intensa em contacto com o ar e com a idade do animal), de consistência firme decorrente da presença de tecido conjuntivo interfascicular em proporção variável e com o cheiro aromático intrínseco da espécie.

E acrescenta que tem um gordura bem distribuída, ao nível da distribuição subcutânea, intracavitária, perimuscular e intramuscular. Gordura de cor branca-nacarada, de consistência firme após o arrefecimento da carcaça. Não deixa untuosidade ao tacto.

Moldes tradicionais de criação

A alimentação dos animais de raça Ramo Grande é efectuada de acordo com os moldes tradicionais de criação. A base da alimentação são as pastagens, naturais ou melhoradas, utilizadas por pastoreio directo, constituídas por consociações de gramíneas e leguminosas, como o Lolium perene (azevém perene), o Lolium multiflorum (erva castelhana), o Trifolium repens (trevo branco), o Trifolium pratense (trevo violeta) e o Dactylis glomerata (azevém bolota), disponíveis ao longo de todo o ano, graças às condições edafoclimáticas favoráveis dos Açores.

Os vitelos são alimentados com leite materno no mínimo até aos três meses de vida. O desmame ocorre aos 6-7 meses de vida e até essa altura os vitelos acompanham as mães nas deslocações às pastagens, pelo que se alimentam também de pastagens e forragens.

Os bovinos adultos alimentam-se de erva fresca sendo suplementados com silagem de erva, feno, milho verde ou silagem de milho ou outros alimentos da exploração (p. ex., milho em grão, brácteas secas do milho, rama de batata- -doce, incensos) ou oriundos de outras explorações do Arquipélago dos Açores.

Quando as necessidades nutricionais dos bovinos não são completamente satisfeitas pelas pastagens, tipicamente em parcelas de pequena dimensão e dispersas, nomeadamente nos períodos de acabamento ou em situações de carência alimentar devido a condições climatéricas adversas, podem ser administrados alimentos compostos energéticos e proteicos.

Os alimentos adicionados que não tenham origem no Arquipélago dos Açores não poderão nunca ultrapassar 50 % da matéria seca da dieta numa base anual do total da alimentação dos animais, acrescenta o registo da Comissão.

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