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Carga movimentada nos portos continentais cai 11% no primeiro trimestre de 2018

Os portos do continente, entre Janeiro e Março de 2018, movimentaram 21,9 milhões de toneladas, um volume inferior em 10,9% ao do período homólogo de 2017. Março foi melhor do que Fevereiro, mas inferior ao homólogo do ano passado. As condições meteorológicas afectaram a actividade dos portos.

Segundo o Relatório de Acompanhamento do Mercado Portuário – Março 2018, da responsabilidade da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), o próprio mês de Março, “não obstante as más condições atmosféricas observadas, excedeu em 3% o volume movimentado no mês anterior”.

Aveiro e Setúbal com recordes

Registaram-se as melhores marcas de sempre em Aveiro, no volume total de carga movimentada, e em Setúbal, no volume TEU de contentores, após acréscimos homólogos respectivos de +10,3% e de +2,2%.

A influência positiva com efeitos mais significativos foi exercida pelos mercados dos Produtos Agrícolas em Lisboa, que registou um acréscimo de 17,1% que representa 22,3% do volume total de carga movimentada nos mercados com desempenho positivo, seguido o dos Outros Granéis Sólidos e dos Produtos Petrolíferos em Aveiro, com variações respectivas de +25,7% e +56,4%, representando, no conjunto, 24,7% do volume de carga que registou um crescimento no período Janeiro-Março de 2018.

Sines perde mas mantém liderança

Sines, embora tenha perdido 4,7 pontos percentuais face a igual período de 2017, mantém a maioria absoluta da carga movimentada com uma quota de 50,4%.

Todos os outros portos reforçam as respectivas quotas, não obstante a perda de carga observada na sua maioria, com destaque para Leixões, com 20,2% do total, Lisboa, com 13%, Setúbal, que representa agora 7,7%, e Aveiro, 6,1%.

No período em análise, o tráfego de contentores registou globalmente uma variação negativa, destacando-se Setúbal como a única excepção, registando um crescimento de 2,2% face ao período homólogo de 2017, atingindo a sua melhor marca de sempre neste segmento de mercado.

O comportamento negativo é assinalado com particular incidência nos portos de Figueira da Foz, -22,5%, Leixões, com -7,9%, e Lisboa, com uma redução de -3%.

Condições meteorológicas afectam actividade

“De referir que o tráfego de contentores é particularmente sensível às condições meteorológicas que condicionam o acesso aos portos”, realça a AMT.

O movimento global de contentores observado nos portos comerciais do continente registou nos meses Janeiro-Março de 2018 um total de 415,2 mil unidades a que corresponderam 670,3 mil TEU, resultantes de um recuo de 16,8%, ou seja, menos 135,6 mil TEU.

Tipologias de navios

Relativamente ao movimento de navios de diversas tipologias, os portos em análise registaram nos primeiros três meses deste ano um total de 2490 escalas, -4% do que período homólogo de 2017, a que corresponde uma arqueação bruta de 43 milhões, uma quebra de -8,2% face a igual período do ano anterior.

Os portos de Viana do Castelo, Aveiro, Setúbal e Portimão registaram acréscimos no que respeita ao número de escalas, de +3,9%, +4%, +1% e +50%, respectivamente, enquanto Douro e Leixões, Figueira da Foz, Lisboa e Sines observaram quebras respectivas de -5,9%, -5,9%, -2,3% e -11,5%, e Faro manteve o número de escalas.

Pode consultar o regulamento completo aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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