O volume de capturas de pescado em Portugal em Dezembro de 2022 diminuiu 17,0% (-35,0% em Novembro), justificado pela menor captura de crustáceos e moluscos, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Fevereiro de 2023.
Às 4.069 toneladas de pescado correspondeu uma receita que totalizou 17.457 mil euros, valor que representou um decréscimo de 17,9% (-25,9% em Novembro).
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 191 toneladas de pescado, ou seja, uma diminuição de 39,6% (+7,5% em Novembro), sobretudo consequência da menor captura de carapau, cavala e peixe-espada.
As 57 toneladas da Região Autónoma da Madeira representaram igualmente um decréscimo de 63,9% (+44,4% em Novembro), devido principalmente ao menor volume de atuns e peixe-espada, mas também à redução de carapau e cavala capturados.
Quanto ao volume de peixes marinhos capturados a nível nacional, adiantam os técnicos do INE que foi de 2.644 toneladas e teve um aumento de 2,1% (-30,0% em Novembro). Para esta situação contribuiu de forma decisiva o maior volume de sardinha, que aumentou de 3 toneladas em Dezembro de 2021 para 314 no mês em análise, assim como o biqueirão com 172 toneladas e sem capturas no mês homólogo.
Pelo contrário, registaram-se menores quantidades de carapau (-9,9%), com 653 toneladas, cavala (-5,3%), com 278 toneladas, tunídeos (-25,4%), com 86 toneladas e peixe-espada (-55,1%), com apenas 130 toneladas capturadas.
O volume de crustáceos (126 toneladas) teve uma redução de 7,2%, devido sobretudo ao menor volume de caranguejos, santola, perceves, carabineiro e lagostim. As 1.298 toneladas de moluscos representaram um decréscimo de 40,4%, sendo de destacar o menor volume de polvo e pota, bem como de bivalves, nomeadamente as amêijoas, o berbigão e as cadelinhas.
Agricultura e Mar