O volume de capturas de pescado em Portugal aumentou 26,6%, em Outubro de 2019, (-8,0% em Setembro), justificado pela maior captura de peixes marinhos (nomeadamente cavala), revela o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Dezembro de 2019 do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Às 16.538 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 24 978 mil euros, valor que representou um decréscimo de 4,6% (-5,8% em Setembro).
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 471 toneladas de pescado, ou seja, uma diminuição de 11,4% (+25,3% em Setembro), resultante sobretudo de uma menor captura de atuns. As 319 toneladas capturadas na Região Autónoma da Madeira representaram igualmente um decréscimo de 71,0% (-51,6% em Setembro), devido principalmente à menor captura de atuns.
Peixes marinhos
O volume de peixes marinhos capturados a nível nacional foi de 15.360 toneladas e teve um acréscimo de 43,7% (-2,1% em Setembro).
Para esta situação contribuíram fundamentalmente as 8.581 toneladas de cavala, espécie cuja captura mais que triplicou relativamente ao mês homólogo (+225,1%).
A sardinha registou 818 toneladas, capturadas ao abrigo do despacho n.º 9004-A/2019, quando em Outubro de 2018 apenas havia contabilizado uma tonelada, devido à interdição da sua pesca no continente ter vigorado no período de Outubro de 2018 a maio de 2019.
Registaram também aumentos o peixe-espada (+27,6%), com 540 toneladas e as pescadas (+40,6%), com 202 toneladas. Pelo contrário, houve menores quantidades de carapau (-23,6%), com 1.746 toneladas e de atuns (-68,9%), com apenas 375 toneladas capturadas.
Crustáceos
O volume de crustáceos (96 toneladas) teve um decréscimo de 10,4% (+31,9% em Setembro), devido principalmente ao menor volume de gamba branca, lagostim e caranguejos. As 1 081 toneladas de moluscos representaram igualmente uma diminuição de 52,2% (-55,2% em Setembro), sendo de destacar a menor captura de polvo, choco e berbigão.
Agricultura e Mar Actual