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CAP junta partidos em debate de esclarecimento sobre propostas políticas para o sector agrícola

A CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal endereçou um convite aos principais partidos políticos que concorrem às eleições legislativas antecipadas marcadas para 30 de Janeiro para participarem num debate que pretende elucidar os seus associados sobre as linhas de acção que vão apresentar nos respectivos programas de Governo no que ao sector agrícola diz respeito.

O desafio foi aceite e os partidos já indicaram os representantes que irão participar na sessão, que terá lugar no dia 12 de Janeiro (quarta-feira), a partir das 15 horas, e que será transmitida via Zoom e nos canais Facebook e YouTube da CAP.

O debate contará com os seguintes participantes:

  • Partido Socialista (PS) – Pedro do Carmo, membro do Secretariado Nacional do PS e cabeça-de-lista do partido pelo círculo eleitoral de Beja;
  • Partido Social Democrata (PSD) – João Paulo Gouveia, vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu e vice-coordenador do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área de Agricultura;
  • CDU – João Dias, primeiro da lista da CDU pelo círculo eleitoral de Beja;
  • CDS/PP – Francisco Palma, presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo e cabeça-de-lista do CDS/PP por Beja;
  • Iniciativa liberal (IL) – Carla Castro, membro da Comissão executiva da Iniciativa Liberal e segunda candidata da lista do partido por Lisboa;
  • Chega – Pedro dos Santos Frazão, vice-presidente do Chega e vereador da Câmara Municipal de Santarém.

Cinco questões para cada partido

O debate será moderado pelo secretário Geral da CAP, Luís Mira. Serão colocadas cinco questões a todos os intervenientes presentes, sendo que cada um disporá de três minutos para responder a cada uma das perguntas.

As principais linhas de acção de cada partido para a Agricultura e Florestas, o modelo de governance para o Ministério da Agricultura e os investimentos em obras estruturais que consideram prioritários para a modernização e competitividade do sector agrícola serão alguns dos temas abordados, entre outros.

Os seis representantes partidários estarão presentes no auditório da sede da CAP, onde decorrerá o debate e a partir do qual será transmitido em tempo real através do Zoom e dos canais YouTube e Facebook da Confederação dos Agricultores de Portugal.

Esvaziamento do Ministério da Agricultura

Segundo a direcção da CAP, depois de “anos em que a agricultura perdeu a preponderância na acção e no discurso políticos – o que se traduziu, na última legislatura, no esvaziamento do Ministério da Agricultura e na dispersão de pastas fundamentais por diferentes tutelas, nomeadamente para o Ministério do Ambiente, como foi o caso das florestas, dos animais ou da gestão da água – importa aferir as medidas prioritárias que os diferentes partidos políticos que concorrem às eleições propõem dirigir ao sector agrícola”.

E acrescenta que, num momento tão decisivo para a agricultura e para o País como aquele em que nos encontramos – após a revisão da Política Agrícola Comum e em plena fase de apresentação do PEPAC (Programa Específico da Política Agrícola Comum para Portugal) e quando está prestes a arrancar o novo Quadro Financeiro Plurianual, até 2027 – a CAP “considera crucial o esclarecimento dos agricultores portugueses sobre as propostas políticas que vão a eleições no final de Janeiro”.

Para o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, “o Mundo Rural e a agricultura exigem que os partidos que concorrem às próximas eleições apresentem aquela que é a sua visão para o sector e as medidas que consideram fundamentais para apoiar uma actividade económica que é vital para a economia e que tem dado um contributo muito relevante para as exportações nacionais”.

“O que pedimos é que, com transparência, nos esclareçam sobre aquele que consideram que é o papel do sector agrícola na economia e na sociedade e a visão que têm para o seu futuro; quais as prioridades em termos de investimento com vista à sua competitividade; e que medidas devem ser tomadas para garantir a valorização da actividade e dos agricultores” explica Eduardo Oliveira e Sousa.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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