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Campanha da azeitona arranca a 15 de Outubro e deverá chegar às 150 mil toneladas de azeite. O maior recorde de sempre

A campanha da azeitona arranca a 15 de Outubro, num ano em que é esperada uma produção recorde de 150 mil toneladas de azeite, de acordo com as previsões da Olivum — Associação de Olivicultores e Lagares do Sul. O valor das exportações deverá aumentar e superar os 600 milhões de euros.

A maior produção de azeite de sempre deve-se a “uma floração que decorreu sem problemas, à pluviosidade em quantidade certa e ainda à quase ausência de pragas”. Mas, acredita a Olivum, estes valores devem-se também a uma “agricultura inovadora e de precisão que – aliada a preocupações de sustentabilidade ambiental – antevê boas perspectivas de futuro”.

“O sector do azeite está no top dos rankings em termos de sustentabilidade ambiental com reduzida utilização de água (3.000 m3/ha), diminuta aplicação de fitofármacos (apenas 8% do mercado nacional de fitofármacos) e relevante sequestro de carbono (4 a 7 ton/ha)”, refere Gonçalo Almeida Simões, director-executivo da Associação.

Olival moderno responsável por 80% da produção

O olival moderno é responsável por 80% da produção nacional de azeite, estando Portugal posicionado como o 8º maior produtor mundial de azeite, com produtividades recorde no Alentejo que podem chegar – em 2021 – às 20 toneladas por hectare, refere uma nota de imprensa da Olivum.

O País é o primeiro no Mundo em termos de qualidade, ao produzir 95% de azeite virgem e virgem extra. Os Estados Unidos da América ocupam o segundo lugar, atingindo os 90%; Espanha e Itália aparecem em terceiro, com apenas 70%.

Portugal garante desde 2014 a sua auto-suficiência em azeite e as exportações têm crescido de forma marcada nos últimos anos, ao atingirem 500 milhões de euros em 2017, cerca de 600 milhões, em 2020, e com a perspectiva de superação deste valor agora em 2021.

Criação de emprego no interior

O olival moderno e os olivicultores “estão empenhados em melhorar a produtividade, alargar mercados, trazer riqueza à região e criar emprego”, contribuindo para a inversão dos números do Censos de 2021.

“Não fosse o forte investimento no agroalimentar no Alentejo, os números teriam sido bem piores, tendo servido os investimentos no interior do País para desenvolver a economia local, evitar um ainda maior êxodo rural e até atrair quadros qualificados dos centros urbanos para as áreas rurais”, defende Gonçalo Almeida Simões.

O investimento no sector permitiu passar de 80 mil toneladas em 2014 para 135 mil toneladas de azeite produzido em 2019. As empresas a actuar são maioritariamente portuguesas e o sector conseguiu atrair investimento directo estrangeiro de países como Espanha, Inglaterra, Chile, Arábia Saudita, Suíça ou Dinamarca.

A Olivum verticalizou a sua operação e passou a ser a maior associação portuguesa de Olivicultores e Lagares, com 42 mil hectares de exploração agrícola, 100 associados, 300 explorações e 14 lagares.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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