AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A CAL – Câmara Agrícola Lusófona, a maior plataforma do agro-negócio da CPLP, assinou um protocolo de cooperação com a Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, no passado dia 24 de Agosto, em Lisboa. O objectivo é reforçar a actividade iniciada pela CAL no desenvolvimento de iniciativas que concorram para a internacionalização e aumento das exportações do agro-negócio com especial atenção no quadro da promoção empresarial nos países da CPLP.
A CAL organiza anualmente um conjunto de actividades entre as quais, missões empresariais a todos os países da CPLP, o Agrofórum, o maior evento sobre agribusiness na CPLP que junta mais 900 participantes de todo Mundo, a CalTalks, uma Conferência Ted sobre agribusiness versando a internacionalização e inovação, e exerce o secretariado do Mecanismo do Sector privado MSP-CONSAN – CPLP.
A Câmara Agrícola Lusófona envolve anualmente mais de 60 empresas aos mercados da CPLP, duas feiras internacionais, 9 países da CPLP, 12 seminários contact-agronegócio que mobilizam localmente mais de 900 participantes, mais de 250 empresas, instituições privadas e publicas contactadas na CPLP. Das empresas participantes, 76% são da região Centro, 21% da região Norte e 3% do Alentejo e, das quais 41% realizam exportação.
“Por outro 31% das PME vão pelo menos uma vez connosco e 59% vão mais que 2 vezes nas nossas missões e 10% participam pelo menos duas das nossas missões. Por outro, 31% das PME facturam anualmente mais de 5 milhões de euros, menos de 5 milhões 34 % vão connosco e 47% das PME iniciaram negócios na CPLP connosco em resultado das nossas missões empresariais e de prospecção e feiras”, refere o presidente da CAL, Jorge Correia Santos.
CPLP, representa 4% PIB mundial
“Não podemos esquecer que a CPLP, representa hoje 4% PIB mundial e 3% comércio mundial e, por outro a totalidade destes países importam mais 30 mil milhões de euros anualmente de produtos agro-alimentares e Portugal só exporta para esses países da CPLP pouco mais de 1.500 milhões de euros anualmente”, realça aquele responsável.
Jorge Correia Santos adianta que “o resultado do nosso trabalho de business intelligence demonstra que os nossos países concorrentes são maioritariamente europeus e América do Sul, o que concluímos que as PME portuguesas têm de ser mais audazes e agressivas comercialmente, as oportunidades existem e por excelência as PME lusas e os seus produtos e serviços são os mais apetecidos”.
Este protocolo, terá a missão de reforçar o papel da CAL, mas fundamentalmente de “mobilizar forçosamente mais PME do sector agro-alimentar para os mercados da CPLP. Porque as oportunidades existem, mas a concorrência também”, acrescenta o presidente da CAL.
Agricultura e Mar Actual
