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Caça à rola-comum proibida na época venatória de 2021-2022

O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) decidiu proibir transitoriamente a caça à rola-comum na época venatória de 2021-2022, “em linha com os países da União Europeia abrangidos pela rota migratória ocidental”. “Mesmo sem caça há uma probabilidade significativa de se manter o declínio da espécie”, diz o Instituto.

O ICNF  diz que, como tem defendido, para que uma eventual proibição temporária da caça à rola-brava “tivesse algum grau de eficácia, os maiores países da União Europeia (UE) abrangidos pela rota migratória ocidental proibiram a caça a esta espécie, estando assim cumprida a condição essencial para Portugal poder adoptar também essa medida”.

Explica o Instituto em comunicado que as populações de rola-comum (Streptopelia turtur), espécie protegida no âmbito da Directiva Aves (Directiva 2009/147/CE), “têm vindo a apresentar, ao longo dos anos, um decréscimo significativo, tendo Portugal, em articulação com as Organizações do Sector da Caça e Organizações Não Governamentais de Ambiente, vindo a implementar medidas restritivas de caça a esta espécie, quer reduzindo os limites diários de abate, quer reduzindo drasticamente o número de dias de caça”.

E acrescenta que os estudos desenvolvidos ao nível da união Europeia, em cooperação com os vários Estados -membros e organizações sectoriais, conduziram ao desenvolvimento de um plano de acção internacional para a conservação da rola-comum, a implementar até 2028, bem como um modelo de gestão de caça adaptativa.

Refere ainda o ICNF que os modelos subjacentes a estes estudos “dão indicações relativas às populações de rola-comum da rota migratória ocidental, que abrange Portugal, que mesmo sem caça há uma probabilidade significativa de se manter o declínio da espécie, declínio esse que aumenta em qualquer cenário que envolva a pressão adicional originada pela caça”.

Estas medidas preventivas de gestão adaptativa, iniciadas em Portugal, “tiveram sempre presente que para a questão ser abordada com a eficácia necessária teriam de possuir uma abrangência supra nacional, uma vez que estamos perante populações de uma espécie migratória, entendimento este que foi defendido junto das autoridades comunitárias e dos restantes Estados-membros da UE”.

Plano de Recuperação e Conservação da Rola Comum

Salienta ainda o comunicado que, a nível nacional, encontra-se em fase final o lançamento dos trabalhos relativos ao “Plano de Recuperação e Conservação da Rola Comum”, preparado em conjunto com as Organizações do Sector da Caça, Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) e a academia, com apoio do Fundo Florestal Permanente no valor de cem mil euros, com o objectivo de aumentar o conhecimento sobre esta espécie e determinar quais as variáveis de gestão que actualmente impactam as suas populações, no sentido de encontrar medidas que permitam inverter o seu declínio.

Reconhecendo a importância que possui a exploração sustentável dos recursos cinegéticos, através da caça, enquanto factor de desenvolvimento regional e local, promotora da melhoria dos habitats e da valorização dos territórios, encontra-se a decorrer junto do ICNF um procedimento concursal ao abrigo do Fundo Florestal Permanente, com uma dotação de quatro milhões de euros, para a atribuição de apoios às entidades gestoras de zonas de caça com o objectivo de “apoiar investimentos de melhoria e gestão dos habitats, uma vez que este é um factor essencial para a recuperação das espécies de fauna selvagem”.

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Um comentário

  1. Francisco lagos dos santos

    Cada vez que a senhora do partidinho do pano se encontra com o senhor primeiro ministro o calendário venatorio fica mais curto.

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