AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
Análise da FPAS — Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores
Mercado europeu
A situação resume-se de uma forma muito simples: a carne está estagnada no mercado europeu e os porcos pagam a factura. Esta circunstância agudiza-se pelo facto de no primeiro semestre os matadouros procurarem animais mais pesados para a exportação e neste momento caucionarem animais com mais peso. Para se ter uma ideia, a média de pesos vivos dos abates em Espanha esta semana foi de 112,67 kg enquanto na mesma semana do ano passado fixou-se nos 109,79. Em 2016 (em pleno período de recuperação da crise) na semana 38 o peso médio foi de 104,34 kg.
Com isto, Espanha já vai na 15ª semana consecutiva a descer o preço.
Vejamos então o que nos indicam as diversas Bolsas europeias para esta semana:
Nota:
- Analisando estes valores, segundo equivalências teóricas, teremos em euros/kg peso vivo para a semana 39/2021 (27/09 a 01/10): Espanha 1,15; França 1,14; Alemanha 0,97; Países Baixos 0,95; Bélgica 0,99; Dinamarca 1,06.
- Estes valores podem ser também consultados no portal da FPAS, tanto no menu “Bolsas e Cotações” como na faixa superior da página de abertura onde as cotações são actualizadas em permanência.
- Recordamos ainda que, tornando-se amigo da nossa página no Facebook “Suinicultura” será informado “em cima da hora” sobre o resultado das diversas Bolsas europeias.
Tendência geral
No que diz respeito ao mercado europeu não há nada de novo. A Alemanha manteve a cotação, continuando bem abaixo da cotação espanhola; França também registou uma forte quebra, mas mantendo-se em linha com a cotação espanhola. Ou seja, o mercado europeu não está pior mas mantém-se mau.
Noutros mercados, regista-se um novo recorde de preço na Rússia com a carcaça a valer 2,39€/kg motivado por novos surtos de PSA em explorações de grandes dimensões.
Já nos EUA a preocupação cresce com o surto de PSA declarado no Haiti, esperando-se que Porto Rico não resista durante muito mais tempo. Os americanos já assumiram que não será uma questão de “se”, mas uma questão de “quando”.
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