Bolsa do Porco – Semana 31/2022 – 2,327€ (Manutenção)

Análise da FPAS — Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores

Mercado europeu

Está a ser um Verão muito longo. Pelo calor que tem resultado em pesos historicamente baixos e, sobretudo, pelo clima de pessimismo que atravessa toda a Europa. Primeiro pela guerra na Ucrânia que tem inflacionado todos os bens de consumo e, agora, com um novo foco de conflito na Ásia, em Taiwan, com o país que influencia todo o mercado, a China.

Um Verão muito atípico onde as descidas de pesos ao abate significa manutenção de preços e onde o calor não é sinónimo de aumento de consumo. O problema de tudo isto não é a estranheza da temporada, mas a incerteza de até quando durará.

Vejamos então o que nos indicam as diversas Bolsas europeias para esta semana:

Nota:

1. Analisando estes valores, segundo equivalências teóricas, teremos em euros/kg peso vivo para a semana 32/2022 (08/08 a 12/08): Espanha 1,69; França 1,66; Alemanha 1,45; Países Baixos 1,39; Bélgica 1,49; Dinamarca 1,37.
2. Estes valores podem ser também consultados no portal da FPAS, tanto no menu “Bolsas e Cotações” como na faixa superior da página de abertura onde as cotações são actualizadas em permanência.
3. Recordamos ainda que, tornando-se amigo da nossa página no Facebook “Suinicultura” será informado “em cima da hora” sobre o resultado das diversas Bolsas europeias.

Tendência geral

Num cenário em que há perdas sanitárias, os porcos não crescem e há uma redução significativa de abates, a exportação para países terceiros é a chave para desembrulhar o ponto em que está o mercado, e a verdade é que a Europa está a exportar mais do que nunca…excepto para a China e nenhum crescimento para outros mercados compensa o que não se está a exportar para a China.

Começa-se a falar de grandes compras da China na Europa (sobretudo paletas e presuntos) para suprir as necessidades no último trimestre do ano, mas a preços baixos. Nos EUA comenta-se que, para preparar a intervenção em Taiwan, a China vai repor integralmente os seus stocks e virá às compras…não será, com certeza, aos americanos.

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