Análise da FPAS — Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores
Mercado europeu
O mercado europeu está numa demanda pelo equilíbrio entre a diminuta oferta de porcos e uma baixa procura de carne pelos efeitos da inflação, sabendo que em 2023 vai haver ainda menos porcos do que em 2022. A estratégia é manter um nível de preços que permita valorizar os porcos mas que, ao mesmo tempo, mantenha os matadouros a funcionar.
Em Espanha e Portugal atingiram-se máximos históricos no preço dos porcos na primeira semana de Fevereiro, quando a tendência é marcar nesta altura mínimos históricos. Também os 8 cêntimos de subida na Alemanha foram um sinal inequívoco que, apesar da quebra do consumo, a queda da produção foi muito superior.
Vejamos então o que nos indicam as diversas Bolsas europeias para esta semana:
Nota:
- Analisando estes valores, segundo equivalências teóricas, teremos em euros/kg peso vivo para a semana 06/2023 (06/02 a 10/02): Espanha 1,75; França 1,78; Alemanha 1,63; Países Baixos 1,48; Bélgica 1,66; Dinamarca 1,32.
- Estes valores podem ser também consultados no portal da FPAS, tanto no menu “Bolsas e Cotações” como na faixa superior da página de abertura onde as cotações são actualizadas em permanência.
- Recordamos ainda que, tornando-se amigo da nossa página no Facebook “Suinicultura” será informado “em cima da hora” sobre o resultado das diversas Bolsas europeias.
Tendência geral
Outras previsões, desta vez pela Associação Dinamarquesa de Produtores actualizou as suas previsões de mercado para o próximo ano, cujos principais pontos são os seguintes:
- A força impulsionadora das subidas dos preços é a quebra da oferta de porcos na Europa. Segundo os últimos censos, houve uma quebra de 5% em 2022 na Europa, com a Alemanha a superar os 10% de quebra
- Para 2023 espera-se que a quebra continue, incluindo em Espanha que se tem mantido estável
- A oferta de carne vai diminuir porque não há muita carne em stock, já que não é rentável congelar com os preços actuais da energia, sobretudo na Alemanha. As cadeias de supermercados têm procurado sobretudo carne fresca.
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