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Até 30 de Setembro arderam 64.972 hectares, mais 57,3% que em 2019

A base de dados nacional de incêndios rurais regista, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro de 2020, um total de 8.968 incêndios rurais que resultaram em 64.972 hectares de área ardida, entre povoamentos (31.471 ha), matos (27.277 ha) e agricultura (6.224 ha).

Estes valores, ainda provisórios, representam um aumento de 57,33% da área ardida face a igual período de 2019, segundo os dados do “7.º relatório provisório: 1 de Janeiro a 30 Setembro”, documento elaborado pela Divisão de apoio à Gestão de Fogos Rurais (DGFR) do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O distrito mais afectado, no que concerne à área ardida, é Castelo Branco, com 24.255 hectares, cerca de 37% da área total ardida até à data, seguido de Bragança com 6.446 hectares (10% do total) e de Vila Real com 5.728 hectares (9% do total)

No entanto, o relatório do ICNF realça que, comparando os valores do ano de 2020 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 47% de incêndios rurais e menos 38% de área ardida relativamente à média anual do período. O ano de 2020 apresenta, até ao dia 30 de Setembro, o segundo valor mais reduzido em número de incêndios e o quinto valor mais reduzido de área ardida, desde 2010.

Dimensão dos incêndios

Acrescenta o ICNF que a distribuição do número de incêndios rurais por classe de área ardida evidencia que em 2020 os incêndios com área ardida inferior a 1 hectare são os mais frequentes (86 % do total de incêndios rurais). No que se refere a incêndios de maior dimensão, assinala-se, até à data, a ocorrência de 11 incêndios com área ardida superior ou igual a 1.000 hectares.

Consideram-se grandes incêndios sempre que a área ardida total seja igual ou superior a 100 hectares. Até 30 de Setembro de 2020 registaram-se 63 incêndios enquadrados nesta categoria, que resultaram em 54.792 hectares de área ardida, cerca de 84% do total da área ardida.

As causas

Do total de 8.968 incêndios rurais verificados no ano em curso, 6.526 foram investigados (73% do número total de incêndios responsáveis por 62% da área total ardida). Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 4.217 incêndios (65% dos incêndios investigados responsáveis por 49% da área total ardida).

Até à data, as causas mais frequentes em 2020 são: incendiarismo – imputáveis (37%) e o uso negligente do fogo (27%), neste caso com relevância para as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (14%), queimas de amontoados de sobrantes florestais ou agrícolas (5%) e queimadas para gestão de pasto para gado (6%).

Os reacendimentos representam 13% do total de causas apuradas, num valor inferior face à média dos 10 anos anteriores (18%).

Análise regional

Da análise por distrito, destacam-se com maior número de incêndios, e por ordem decrescente, os distritos do Porto (2.391), Braga (936) e Aveiro (619). Em qualquer um dos casos, os incêndios são maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassam 1 hectare de área ardida).

No caso específico do distrito do Porto a percentagem de incêndios com menos de 1 hectare de área ardida é de 91%.

O distrito mais afectado, no que concerne à área ardida, é Castelo Branco, com 24.255 hectares, cerca de 37% da área total ardida até à data, seguido de Bragança com 6.446 hectares (10% do total) e de Vila Real com 5.728 hectares (9% do total).

Os concelhos que apresentam maior número de incêndios localizam-se todos a Norte do Tejo, e caracterizam-se por elevada densidade populacional, presença de grandes aglomerados urbanos ou utilização tradicional do fogo na gestão agroflorestal. Estes vinte concelhos representam 35% do número total de ocorrências e 9% da área total ardida.

Pode ler o relatório completo aqui.

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