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Até 15 de Julho arderam 1.091 ha de terrenos agrícolas. Área total ardida está 25,6% acima de 2020

A base de dados nacional de incêndios rurais regista, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 15 de Julho de 2021, um total de 4.263 incêndios rurais que resultaram em 12.123 hectares de área ardida, entre povoamentos (2.732 ha), matos (8.300 ha) e agricultura (1.091 ha), divulga o 2º Relatório provisório: 1 de Janeiro a 15 de Julho, de incêndios rurais referentes a 2021.

Estes valores, ainda provisórios, representam um aumento de 25,6% da área ardida (12.123 ha) face a igual período de 2020, segundo os dados do documento elaborado pela Divisão de apoio à Gestão de Fogos Rurais (DGFR) do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Também o número de incêndios registados (4.263) registou um aumento, de 34%, face a Julho do ano passado.

No entanto, o Instituto salienta que, comparando os valores do ano de 2021 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 40% de incêndios rurais e menos 42% de área ardida relativamente à média anual do período. O ano de 2021 apresenta, até ao dia 15 de Julho, o terceiro valor mais reduzido em número de incêndios e o quinto valor mais elevado de área ardida, desde 2011.

Dimensão dos incêndios

A distribuição do número de incêndios rurais por classe de área ardida evidencia que em 2021 os incêndios com área ardida inferior a 1 hectare são os mais frequentes (79 % do total de incêndios rurais). No que se refere a incêndios de maior dimensão, assinala-se, até à data, a ocorrência de 20 incêndios com área ardida entre 100 e 1.000 hectares.

Consideram-se grandes incêndios sempre que a área ardida total seja igual ou superior a 100 hectares. Até 15 de Julho de 2021 registaram-se 20 incêndios enquadrados nesta categoria, que resultaram em 3.475 hectares de área ardida, cerca de 29% do total da área ardida.

Causas

Do total de 4.263 incêndios rurais verificados no presente ano, 3.184 foram investigados (75% do número total de incêndios, responsáveis por 89% da área total ardida). Destes, a investigação permitiu a atribuição de uma causa para 2.435 incêndios (76% dos incêndios investigados, responsáveis por 84% da área total ardida).

Até à data, as causas mais frequentes em 2021 são: uso negligente do fogo (64%) e o incendiarismo – imputáveis (14%), naquele caso com relevância para as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (26%), queimas de amontoados de sobrantes florestais ou agrícolas (15%) e queimadas para gestão de pasto para gado (20%). Os reacendimentos representam 4% do total de causas apuradas, num valor inferior face à média dos 10 anos anteriores (13%).

Distrito de Vila Real continua a ser o mais afectado

Da análise por distrito, destacam-se com maior número de incêndios, e por ordem decrescente, os distritos do Porto (630), Vila Real (418) e Aveiro (368). Em qualquer um dos casos, os incêndios são maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassam 1 hectare de área ardida). No caso específico do distrito do Porto a percentagem de incêndios com menos de 1 hectare de área ardida é de 89%.

O distrito mais afectado, no que concerne à área ardida, é Vila Real, com 3.556 hectares, cerca de 29% da área total ardida até à data, seguido de Braga com 1.847 hectares (15% do total) e de Viana do Castelo com 1.308 hectares (11% do total).

Os concelhos que apresentam maior número de incêndios localizam-se quase todos a Norte do Tejo, e caracterizam-se por elevada densidade populacional, presença de grandes aglomerados urbanos ou utilização tradicional do fogo na gestão agroflorestal. Estes vinte concelhos representam 29% do número total de ocorrências e 37% da área total ardida.

Pode ler o relatório completo aqui.

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