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Arysta quer quota de mercado nos fitofarmacêuticos em Portugal

A empresa de fitofarmacêuticos Arysta LifeScience Iberia aposta numa presença directa em Portugal, através de uma equipa comercial, e está a desenvolver um portfólio de soluções ajustadas para o nosso País. A empresa quer alcançar uma quota de mercado de 7% a 10% nos próximos anos. A estratégia e várias soluções foram apresentadas esta semana aos agricultores do Oeste.

A Arysta LifeScience Iberia, em colaboração com a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO), e o seu distribuidor Fitosistema, reuniu cerca de 30 agricultores e técnicos da região Oeste de Portugal num workshop sobre “Produtos fitofarmacêuticos e culturas hortícolas”, realizado a 30 de Maio, na Marteleira, Lourinhã.

A Arysta LifeScience Iberia, que actua no mercado ibérico há mais de 30 anos, aposta agora numa presença directa em Portugal, através de uma equipa comercial e de uma rede de distribuidores a nível nacional. “Estamos numa fase de desenvolvimento de portfólio de soluções ajustadas para Portugal. A nossa prioridade são as culturas hortofrutícolas, segmento onde pretendemos alcançar uma quota de mercado de 7% a 10% nos próximos anos, reajustando o foco da venda do “produto” para programas integrados de apoio às culturas”, explica o director de marketing da empresa, Rafael Pérez.

Biosoluções à base de algas marinhas

A empresa aposta numa combinação única de produtos fitofarmacêuticos e biosoluções. Nesta última área de actividade a empresa é líder mundial. Recentemente reforçou o seu portfólio com a aquisição do fabricante Goemar, especialista em biosoluções à base de algas marinhas, que estimulam certos processos metabólicos das plantas, com efeito directo na produtividade e qualidade das culturas.

Um dos produtos mais inovadores da Arysta neste segmento é o Vacciplant, um fungicida biológico de origem natural, formulado à base de Laminarina, ingrediente natural extraído da alga laminaria digitata. Está autorizado em Portugal como produto fitossanitário pela DGAV em morangueiro (oídio) e pomóideas (fogo bacteriano), mas “alguns horticultores do Sudoeste alentejano estão muito interessados em ter o Vacciplant Max autorizado para outras finalidades e culturas, porque está apto para uso em Modo de Produção Biológico, pode ser usado em qualquer momento do ciclo da cultura e sem Intervalo de segurança”, revela o delegado comercial da Arysta em Portugal, Luís Fidalgo.

No segmento dos insecticidas, destaque para o Acramite 480 SC, indicado para controlo de ácaros tetraniquídeos em culturas de estufa e ar livre (tomate, beringela, pimento, pepino e morango). Este acaricida de largo espectro é selectivo tem um novo modo de acção e respeita a fauna auxiliar, com intervalo de segurança de 3 dias.

Num cenário cada vez mais restritivo do uso dos produtos fitofarmacêuticos na União Europeia, a sua utilização criteriosa é fundamental, com vista a maximizar a eficácia da protecção das culturas agrícolas e a prolongar a sua vida útil no mercado.

Cada vez menos soluções disponíveis na UE

“Existem cada vez menos soluções disponíveis na UE, devemos por isso utilizá-las de forma correta, evitando o aparecimento de resistências das pragas às substâncias activas autorizadas”, explica Ricardo Gomes, técnico da DGAV – Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, que realizou uma apresentação no workshop sobre “Usos menores, Produtos Fitofarmacêuticos com risco de cancelamento de Autorização de Venda, alternativas à sua retirada do mercado”.

Os adjuvantes são um apoio precioso na optimização da eficácia dos produtos fitofarmacêuticos. Funcionam como auxiliares altamente especializados da pulverização, permitindo reduzir o número de litros de calda a aplicar. Actuam por acção química sobre as caldas (pH, por exemplo) e sobre as suas propriedades físicas (como sejam a limitação da deriva ou a expansão da gota que atinge o alvo).

A Arysta apresentou o Silwet L-77, um adjuvante recomendado para ser utilizado em mistura com herbicidas, fungicidas, insecticidas/acaricidas, reguladores de crescimento e micronutrientes. Trata-se de um molhante não iónico, à base de organosilicone, que reduz a tensão superficial das soluções, o que permite aumentar a aderência e molhabilidade das caldas sobre as superfícies tratadas das plantas.

Recorde-se que actualmente existem na UE apenas 450 substâncias activas autorizadas para protecção das plantas e que cerca de 20% destas podem vir a ser retiradas do mercado nos próximos anos, por não cumprirem os apertados critérios de aprovação comunitária.

A Arysta LifeScience está entre as 10 principais empresas de agroquímicos do mundo. O seu negócio está centrado no desenvolvimento, comercialização e distribuição de formulações inovadoras para a protecção e nutrição das culturas.

O seu amplo portfólio inclui mais de 250 substâncias activas e mais de 6.500 produtos registados em todo o Mundo, desde formulações únicas de herbicidas, fungicidas e insecticidas, até biosoluções para nutrição e tratamento de sementes.

Arysta LifeScience Iberia actua em Portugal e Espanha, contando com uma trajectória de mais de 30 anos no aconselhamento dos agricultores.

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