Os pescadores açorianos vão ter, em breve, novos apoios para investimento. Quem o garante é o secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, que adiantou ontem, 27 de Março, na Ribeira Grande, que será lançado, em breve, um novo apoio aos investimentos a bordo das embarcações nos domínios da limitação dos impactos da pesca, do valor acrescentado e qualidade do pescado, da eficiência energética e da segurança e higiene.
Este novo regime de apoio será co-financiado pelo programa Mar 2020 e está enquadrado na Prioridade 1 do Fundo Europeu para os Assuntos Marítimos e as Pescas (FEAMP).
Gui Menezes, que falava à margem de uma visita à empresa açoriana Fat Tuna, de transformação e comercialização de pescado, reconheceu o trabalho que está a ser desenvolvido por aquela empresa para a valorização do pescado açoriano, através da “implementação de técnicas inovadoras”, elogiando o incentivo que é feito à utilização de artes seletivas de pesca, que contribuem para a sustentabilidade dos recursos piscícolas.
Técnicas japonesas
A Fat Tuna dedica-se ao comércio de peixe, fresco e ultracongelado, e recorre a técnicas japonesas e a tecnologias inovadoras com o intuito de valorizar o pescado, nomeadamente o sangramento e a destruição do sistema nervoso central do peixe e posteriormente o seu acondicionamento em água do mar e gelo.
O Secretário Regional apontou a empresa como “um dos exemplos de sucesso” no que respeita a “formas inovadoras” de tratar o pescado. Gui Menezes destacou o facto da empresa apenas trabalhar com pescadores que utilizam “as técnicas tradicionais de pesca mais sustentáveis”, como a linha de mão, salto e vara e o carreto eléctrico, e que tenham condições a bordo para armazenar em gelo o pescado capturado.
A empresa está no mercado desde o final de 2016 e contou com o apoio do Governo dos Açores para a construção da sua fábrica, através do programa Propescas.
Agricultura e Mar Actual