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Área plantada de amêndoa em Alqueva aumenta 22% em 2022. Máquinas de colheita são as mesmas do olival

O interesse dos agricultores e investidores mantém-se elevado relativamente à cultura da amêndoa no perímetro de rega de Alqueva. “Talvez impulsionado pelo preço da matéria-prima nos mercados internacionais, verifica-se que em Alqueva a área continua a aumentar, no ano de 2022 aumentou 22 % face ao ano anterior”, dizem os técnicos da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, no seu Anuário Agrícola de Alqueva.

E adianta aquele Anuário que “o investimento português é o principal responsável pela área de amendoal em Alqueva. O investimento em amendoal, está muito associado a investidores em olival”.

“Segundo especialistas em frutos secos, a região de Alqueva, com a garantia de água, ganha características óptimas para a produção de frutos secos”. “Investir no amendoal, pode ser uma boa oportunidade para os agricultores e investidores da região e uma óptima alternativa cultural, com um bom potencial agronómico e económico. Tendo em conta a informação técnico-económica existente, a área mínima para realizar esta cultura com sucesso são 30 hectares”, realça o Anuário Agrícola de Alqueva.

Maquinaria do olival adapata-se à do amendoal

Adianta a EDIA que os investimentos em estudo, são principalmente em áreas de amendoal em produção intensiva e sebe. “Pelas similitudes das operações agrícolas e pelo facto de se puderem utilizar as máquinas de colheita do olival em sebe, os proprietários/produtores do olival sebe, tem aqui uma óptima forma de diversificar os seus investimentos e de rentabilizar a maquinaria e mão-de-obra”.

O Anuário da EDIA realça ainda que foi inaugurado no início do ano de 2017 pela Migdalo uma fábrica de transformação e comercialização de amêndoa, nozes e avelãs, no concelho de Ferreira do Alentejo. A Migdalo pretende laborar com produção própria, e prestar serviços ao número crescente de produtores de amêndoa na região.

Da mesma forma, no concelho de Évora, na Azaruja, já está em laboração uma unidade de descasque de amêndoa, que tem como objectivo utilizar matéria-prima proveniente de Alqueva, mais concretamente do Bloco de Rega do Monte Novo.

Por outro lado, foi inaugurado em 2021, uma unidade industrial na região de São Manços, pertencente ao grupo Ortigão Costa, que labora nozes e amêndoas.

E a empresa De Prado, um player do mercado do azeite e a crescer no mercado da amêndoa, fez recentemente investimentos na instalação de uma fábrica de descasque e processamento de amêndoa. A matéria-prima é proveniente dos mais de 5.000 ha que já tem plantados, sendo que, existe a intensão de continuar a expandir a área de amendoal.

Pode consultar o Anuário Agrícola de 2022 aqui.

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