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Área florestal e agrícola ocupava 65% da superfície de Portugal continental em 2018

Lisboa, Sintra, Vila Nova de Gaia, Porto, Cascais, Loures, Braga, Amadora, Oeiras, Matosinhos, Almada, Seixal, Gondomar, Odivelas e Guimarães eram os concelhos mais habitados de Portugal em 2018. Todos juntos, contavam com 3,2 milhões de habitantes, num total de 10,56 milhões. Ou seja 30,48% da população portuguesa.

Este Top 15 populacional das cidades portuguesas espelha a realidade portuguesa. A população está concentrada. Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2018, 65% da superfície de Portugal continental era ocupada por área florestal e agrícola. Conclusão: o País está desertificado. Falta gente no mundo rural.

Em 2018, quase dois terços (65%) da superfície do continente era ocupada por área florestal e agrícola, registando as regiões Centro e Norte as maiores proporções de floresta e de área agrícola, respectivamente, dizem os técnicos do INE.

As classes de uso e ocupação do solo apresentavam em 2018 padrões territoriais de sobrevalorização diferenciados ao nível local, salientando-se um conjunto de 16 municípios onde a proporção de territórios artificializados era seis vezes superior à registada no continente.

Entre 2015 e 2018, a superfície das classes referentes às massas de água superficiais, aos territórios artificializados e às áreas agrícolas foram as que mais cresceram no continente, registando a superfície afecta à área de pastagens o maior decréscimo relativo.

Por sua vez, as áreas agrícolas, florestais, de pastagens e de matos apresentaram alterações territoriais mais expressivas, registando as áreas florestais, de pastagens e de matos saldos negativos nas transições de uso e ocupação do solo e as áreas agrícolas um saldo positivo.

“Ao nível regional as áreas agrícolas apresentaram um saldo positivo em todas as regiões NUTS II do continente e nas regiões Centro, Alentejo e Algarve, ao contrário do continente, registaram-se também ganhos de área florestal”, acrescenta o INE.

Refira-se que o Instituto Nacional de Estatística divulga as Estatísticas de Uso e Ocupação do Solo (LCLUStats) com base na Carta de Uso e Ocupação do Solo (COS) produzida pela Direcção-Geral do Território (DGT).

As Estatísticas de Uso e Ocupação do Solo disponibilizam informação para Portugal continental que permite caracterizar a diferenciação regional e local do uso e ocupação do território e as dinâmicas de alteração ao longo do tempo com base numa nomenclatura harmonizada.

Quase dois terços do continente era ocupado por área florestal e agrícola

Em 2018, cerca de 38,8% da superfície do continente correspondia a área florestal, 26,2% a área agrícola e 12,4% a área de matos. Ainda com uma proporção de superfície superior a 5% destacavam-se, no continente, as superfícies agroflorestais (8,2%), a área de pastagens (6,4%) e os territórios artificializados (5,2%), sendo que as restantes três classes de uso e ocupação do solo – massas de água superficiais, espaços descobertos ou com pouca vegetação e
zonas húmidas – representavam em conjunto cerca de 2,7% da superfície.

Dizem os técnicos do INE que, ao nível regional, a região Centro apresentou a maior proporção de área florestal (50,1%) e a região Norte a maior proporção de área agrícola (29,3%), salientando-se que a presença desta última classe, área agrícola, era também significativa na Área Metropolitana de Lisboa (27,4%) e no Alentejo (27,3%).

A Área Metropolitana de Lisboa destacou-se também pela maior proporção de área de territórios artificializados (21,7%) e de massas de água superficiais (6,2%).

A região do Alentejo apresentou a maior proporção de superfícies agroflorestais (20,8%) e área de pastagens (12,1%), enquanto o Algarve assinalou a maior extensão de área de matos (26,6%).

Pode ler o documento do INE sobre “Estatísticas de uso e ocupação do solo”, aqui.

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