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APDL e Antram assinam protocolo para descarbonização dos portos de Leixões e Viana do Castelo

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) assinaram, esta quarta-feira, 9 de Dezembro, um protocolo com vista à descarbonização dos portos de Leixões e Viana do Castelo, na sequência da decisão desta Administração Portuária, em interditar a entrada e circulação de viaturas Euro I, II, III e IV nos portos de Leixões e Viana do Castelo já no próximo ano.

O acordo prevê a interdição, já a partir de dia 1 de Janeiro de 2021, da entrada e circulação das viaturas pesadas mais poluentes dentro das infra-estruturas, nomeadamente as viaturas Euro I, II, III e IV.

Com esta medida, a redução do número de camiões mais poluentes a circular nas infra-estuturas portuárias, já a partir de 2021, vai representar uma diminuição de 50% da poluição

Para que a adaptação seja gradual, está previsto um período de transição para as viaturas que, a 31 de Dezembro deste ano, estejam já registadas nos respetivos portos. Para os camiões EURO I e II, os classificados como mais poluentes, este período será de 24 meses e, as viaturas EURO III e IV, terão 36 meses para a adaptação.

Para além desta medida, o acordo prevê a redução dos tempos das operações, designadamente o levantamento e entrega de contentores marítimos ou outras mercadorias, contribuindo para a diminuição da emissão de gases para a atmosfera e para a redução da emissão de ruído provocado pela circulação e pela actividade de camiões dentro da área portuária.

Melhoria da qualidade do ar na área portuária

O compromisso firmado faz parte de uma série de medidas que a APDL tem vindo a implementar com vista à melhoria da qualidade do ar na área portuária e, consequentemente, nas áreas envolventes, minimizando os impactos da sua actividade nas cidades e implementando as melhores práticas na gestão dos recursos, de modo a reduzir a pegada ambiental dos seus portos.

“Este protocolo tem ainda mais significado uma vez que esta semana se assinalam cinco anos desde a aprovação do Acordo de Paris. Um dos grandes objectivos da APDL, nos próximos anos, é servir de exemplo aos restantes portos portugueses na implementação de medidas que tornem as nossas infra-estruturas portuárias mais sustentáveis. Estamos a desenvolver um verdadeiro roteiro para a descarbonização, com um conjunto de medidas que visam reduzir a pegada ecológica da nossa actividade, até 2030. Mais uma vez, estamos na vanguarda do sector portuário no que concerne ao respeito ambiental e social” explica Nuno Araújo, presidente da APDL.

Já Pedro Polónio, presidente da Antram, destaca que a Associação “tem como um dos seus grandes objectivos a redução das emissões atmosféricas das viaturas dos seus associados e, igualmente, a melhoria das frotas por estes utilizadas. Assim sendo, estamos muito satisfeitos com a assinatura deste protocolo que trará benefícios importantes aos portos, cidades e populações”.

“A assinatura de um protocolo que pretende reduzir substancialmente as emissões de Gases com Efeito Estufa que contribuem para as Alterações Climáticas e o impacto ambiental de uma infra-estrutura tão proeminente e relevante como é o Porto de Leixões, traz consigo, não só a melhoria das condições de vida dos nossos cidadãos, como um sinal importante de que este motor económico de Matosinhos está em linha com os objectivos do município de cumprir com as metas de descarbonização da economia”, conclui Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos.

Diariamente entram no Porto de Leixões mais de 1.500 viaturas de transporte de mercadorias, que libertam um total de 1,189 toneladas de CO2 para a atmosfera, sendo cerca de 27 % das viaturas pesadas classificadas como Euro I, II, III e IV.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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