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Ao consumidor de vinho não importam as medalhas. Descrição do rótulo sobre tipo e sabor vale mais

Os estudos sobre as atitudes dos consumidores de vinho têm-se multiplicado. Na passada semana um estudo realizado pelo portal italiano especializado em marketing, Spot and Web, dizia que o logótipo, o nome e a região de origem são os principais motivos de escolha de um vinho, destacando-se a preferência pela heráldica. Agora, outro estudo, com a Wine Intelligence, empresa britânica dedicada à investigação do negócio mundial vinícola, a garantir que a descrição do vinho, no rótulo, tem mais influência do que a recomendação do vendedor ou as medalhas ganhas em concursos.

Segundo o estudo da consultora internacional, os consumidores prestam mais atenção às descrições do vinho incluídas no rótulo de uma garrafa do que às recomendações do vendedor na loja. O tipo de vinho e o sabor que estão detalhados no rótulo tem mesmo mais influência do que o facto do vinho ter ganho uma ou mais medalhas em concursos.

A investigadora da Wine Intelligence, Susan Lee, falou ao diário australiano ABC e disse que se muitas pessoas “não julgam um livro pela capa”, a maioria ainda o faz quando se trata de comprar uma garrafa de vinho. “Com os vinhos tintos vimos, em geral, que os consumidores habituais de vinho australianos, foram influenciados por descrições de estilo que indicam um equilíbrio de características suaves como ‘suave’, ‘fácil de beber’ e ‘frutado’, mas também por indicadores de sabor mais complexos como ‘com corpo’ e ‘ricos'”, diz a investigadora.

“Em particular, para os tintos, os homens estavam mais motivados por descrições como ‘corpo’ ‘complexo’ e ‘rico’ e as mulheres eram mais propensas a preferir as descrições de vinho tinto que indicam um estilo mais suave”, acrescentou Susan Lee.

Aquela investigadora acrescenta que as descrições do vinho branco seguiram uma tendência similar, tanto para homens como para mulheres.

Jovens não são fiéis à marca

Quando se trata de trocar de tipo de vinho, trocar de marca ou provar algo novo, a investigação verificou que a geração mais jovem é mais propensa a aventurar-se com base na descrição da etiqueta do vinho. O consumidor tradicional de vinhos é muito fiel a uma marca ou tipo de vinho, porém os jovens não são fiéis a nenhuma marca, nem tipo de vinho, o que gostam mesmo é provar de tudo.

No entanto, Susan Lee afirma que a investigação confirmou, para os produtores, que o que está escrito numa etiqueta é importante, mas não é o único factor de influência: “Trata-se de um dos factores que as pessoas sempre vêem quando estão a comprar um vinho e procuram diferenciação”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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