AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
Depois de mais de 20 horas de negociações, os ministros das Pescas da União Europeia chegaram esta madrugada a acordo sobre as quotas pesqueiras para 2018. A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, destaca o “resultado bastante favorável” para Portugal.
Em cima da mesa estava a hipótese de total proibição da pesca de sardinha, o que não se verificou. A captura de sardinha deverá começar um mês mais tarde no próximo ano havendo um maior controlo das áreas de não pesca em zonas de juvenis.
“Afastámos definitivamente o cenário de acabar com a pesca da sardinha”, tinha dito já no dia 11 de Dezembro Ana Paula Vitorino, em Bruxelas.
“Os resultados deste conselho, face às expectativas, são bastante favoráveis”, disse a ministra aos jornalistas no fim da reunião. E salientou que no caso do biqueirão, uma espécie com elevado valor comercial, “onde havia uma proposta de redução de 20%”, foi conseguida a manutenção das quotas de pesca para o próximo ano.
Pescada sofre corte de 12%
Mas, os cortes são gerais para a generalidade dos Estados-membros e Portugal não foge à regra. As capturas de pescada em águas nacionais sofrem um corte de 12%, apesar de a proposta de Bruxelas era de 30%. As capturas de carapau são reduzidas em 24%. Mas, em nenhuma das espécies a quota é atingida pelos pescadores portugueses.
No entanto, em águas nacionais, vão aumentar, em 2018, as possibilidades de pesca de raias (15%), lagostins (13%) e areeiros (19%), mantendo-se as quotas de julianas, solhas, ligados e tamboris.
Ana Paula Vitorino destacou a boa cooperação com a sua homóloga espanhola, Isabel Tangerina, nas negociações, salientando que os dois países trabalharam “de uma forma muito próxima”.
Na reunião onde o assunto foi a discussão do Plano de Sustentabilidade para a pesca da sardinha, estiveram ainda presentes, José Apolinário, secretário de Estado das Pescas, e o Embaixador Pedro Lourtie, da delegação de Espanha, a ministra Isabel Tejerina o secretário Geral das Pescas, Alberto López e pela Comissão Europeia o Comissário Karmenu Vella e a DG Mare, João Machado.
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