AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, afirmou que está a ser desenvolvido um projecto para o repovoamento da sardinha na costa portuguesa. Estas declarações foram feitas à margem de uma sessão de esclarecimento sobre mecanismos financeiros europeus destinados à economia azul – Mar 2020, Fundo Azul e EEA Grants -, em Leça da Palmeira.
A ministra referiu que extinção da sardinha ao largo da costa portuguesa é motivado por factores externos, não se devendo à pesca excessiva. “As alterações climáticas provocam fluxos migratórios de certas espécies para outros mares, que assim alimentam outros predadores marítimos”, disse Ana Paula Vitorino.
“Além das negociações e dos planos de gestão, existem também programas” para aprofundar o repovoamento de algumas espécies, de que é exemplo esta parceria entre o Governo e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), acrescentou a governante.
Produção em cativeiro
Ana Paula Vitorino ressalvou que, embora não haja ainda respostas, pois trata-se de um projecto iniciático, o objectivo é “analisar até que ponto se pode potenciar o repovoamento da sardinha através da produção em cativeiro, e depois colocando esta espécie em determinados locais” do mar.
“Desta forma, fazemos com que a sobrevivência de cada espécie aumente, para que possa haver maior capacidade de pesca e se possa resolver o problema» da manutenção de algumas espécies em vias de extinção, acrescentou a ministra, referindo que “não resolve totalmente o problema, mas é um esforço adicional que temos obrigação de fazer para tentar encontrar soluções”.
Ana Paula Vitorino disse que “o projecto está a decorrer nas instalações do IPMA, no Algarve, onde já há reprodução de outras espécies, sendo agora o desafio consegui-lo com a sardinha”.
Dos apoios financeiros apresentados para a economia azul, a Ministra destacou o destinado aos jovens pescadores, “algo que está previsto no Mar 2020, não só para o início da actividade, mas também para a sua manutenção, apoiando a formação, a eficiência energética e os equipamentos a bordo”.
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