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Almoço, jantar… que vai comer hoje? Veja a lista de algas seleccionadas pela APN

A APN — Associação Portuguesa de Nutrição lançou, no final de Fevereiro de 2019, um e-book dedicado ao contributo nutricional das algas marinhas na alimentação diária, intitulado “Algas a gosto: Considerações nutricionais e de saúde”. E é mesmo esse e-book que o agriculturaemar.com hoje relembra.

Segundo a APN, prevê-se que em 2057 o consumo de proteínas alternativas seja de 33%, sendo que 11% deste consumo será proveniente das algas.

Os maiores produtores de espécies selvagens são: o Chile, a China e a Noruega. Os maiores produtores de espécies cultivadas são: a China, a Indonésia, a Coreia e as Filipinas.

União Europeia o 2.º importador

Em Portugal, tem-se registado o aumento da produção de algas em resposta ao crescente consumo verificado nos últimos anos. Em 2017, produziu 952,3 toneladas (peso seco) de algas agarófitas. As principais regiões de produção foram, por ordem decrescente, a zona Sul da foz do Rio Mondego até ao Norte da Foz do Arelho; os Açores e a zona Sul da Foz do Arelho até ao Norte do Cabo da Roca.

De referir ainda que os países asiáticos continuam a ser os principais consumidores, mas a União Europeia, em 2016, passou a ocupar a segunda posição, tendo importado 180 mil toneladas de produtos de algas marinhas.

Por este motivo, e por que as algas continuam a ser um alimento desconhecido para grande maioria da população portuguesa, APN lançou aquele ebook.

Segundo o Algae base e o Portal Português das macroalgas (MACOI), a costa Portuguesa apresenta uma elevada biodiversidade de espécies de algas marinhas

Informações técnico-científicas

O livro reúne um conjunto de informações técnico-científicas sobre as algas (microalgas e macroalgas), disponibilizando informação credível sobre o assunto e promovendo um consumo consciente, de forma a tirar o maior proveito dos seus benefícios no dia-a-dia.

“As algas são uma excelente fonte alternativa de proteína, fibra, lípidos, vitaminas e minerais. Tal como qualquer alimento, o consumo de algas deve ser ponderado e em quantidades aceitáveis”, garante fonte da Associação Portuguesa de Nutrição.

Considerações nutricionais e de saúde

Explica, no livro, a APN que:

  • As algas correspondem a uma fonte alternativa de proteína, fibra, vitaminas e minerais.
  • Em termos lipídicos, as macroalgas apresentam um teor lipídico inferior às microalgas. Note-se que, em ambas, o conteúdo é elevado em ácidos gordos polinsaturados, nomeadamente ácidos gordos essenciais (Ácido Eicosapentaenóico (EPA), Ácido Docosaexaenóico (DHA) e Ácido Alfa-linolénico (ALA)).
  • O EPA é o ácido gordo mais predominante nas macroalgas, sendo as vermelhas e as castanhas as que apresentam maiores teores.
  • As microalgas são as fontes primárias de EPA e de DHA para o zooplâncton, o pescado e outros organismos. Deste modo, estes organismos são ricos em EPA e DHA devido à sua integração trófica.

Descarregue o livro

O livro foi lançado nas jornadas “Inovação na Utilização de Algas Marinhas”, organizadas pelo IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Pode fazer download do livro aqui.

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