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Alltech Agri-Food Outlook: produção de alimentação animal manteve-se estável em 2022 com queda de apenas 0,42%

A Alltech divulgou o seu Alltech Agri-Food Outlook 2023 com as conclusões do seu inquérito mundial sobre produção de alimentos para animais (rações). Apesar dos enormes desafios macroeconómicos que afectaram toda a cadeia de abastecimento, a produção mundial de alimentos para animais manteve-se estável em 2022, totalizando 1,266 mil milhões de toneladas, apenas 0,42% abaixo da produção estimada em 2021.

Na verdade, a produção de alimentos para animais aumentou em várias regiões, incluindo a América Latina (1,6%), América do Norte (0,88%) e Oceânia (0,32%), e diminuiu na Europa (- 4,67%), em África (-3,86%) e na região Ásia-Pacífico (-0,51%).

Por tipos de ração, a produção mundial aumentou nos sectores da aquicultura, frangos, galinhas poedeiras e animais de estimação e diminuiu nos sectores dos bovinos de carne, dos bovinos de leite e dos suínos.

Apesar de ter sofrido uma ligeira redução na produção de alimentos para animais, a China continua a ser o maior país produtor, seguida dos EUA e do Brasil.

Este inquérito anual da Alltech, na sua 12ª edição, inclui dados de 142 países e mais de 28.000 fábricas de alimentos para animais.

Realça uma nota de imprensa da Alltech que a “Europa viu-se confrontada com diversos desafios, incluindo doenças, fenómenos climáticos severos e o impacto da invasão da Ucrânia. A pandemia da Covid-19 teve grande impacto no sector agroalimentar, gerou alterações na cadeia de abastecimento e acelerou a adopção de novas tecnologias e práticas de sustentabilidade ambiental”.

Os 10 principais países produtores de alimentos para animais no ano passado foram: a China (260,739 milhões de toneladas métricas-MTT), os EUA (240.403 MMT), o Brasil (81.948 MMT), a Índia (43.360 MMT), o México (40.138 MMT), a Rússia (34.1 47 MMT), a Espanha (31.234 MMT), o Vietname (26.720 MMT), a Argentina (25.736 MMT) e a Alemanha (24.396 MMT). No seu conjunto estes países produziram 64% da produção mundial de alimentos para animais.

Já quanto ao consumo mundial de rações, metade está concentrado em quatro países: China, EUA, Brasil e Índia.

O Vietname registou uma forte recuperação na quantidade que produziu em 2022, entrando para o top 10, à frente da Argentina e da Alemanha e destronando a Turquia, que sofreu uma redução na quantidade produzida. A Rússia ultrapassou a Espanha, onde houve uma redução significativa da produção de alimentos para animais.

Principais conclusões do inquérito por espécie pecuária:

  • O sector das aves de capoeira registou aumentos na produção de alimentos para animais para galinhas poedeiras e frangos
  • A gripe aviária, outras doenças e os elevados custos das matérias-primas afectaram o sector das galinhas poedeiras em muitos mercados, especialmente na Ásia, Europa e África. Por outro lado, o crescimento do sector foi impulsionado devido a desafios maiores noutros sectores que levaram a um aumento da procura de ovos. Globalmente, a produção de alimentos para animais no sector das poedeiras aumentou 0,31%
  • Embora a produção de rações no sector dos frangos tenha aumentado 1,27%, registaram-se diferenças significativas de país para país. Globalmente, houve crescimento da produção de alimentos para animais no sector dos frangos, principalmente no Médio Oriente, na América do Norte e na América Latina
  • A produção de alimentos para suínos diminuiu globalmente em 2022 em quase 3%. A peste suína africana e os elevados preços dos alimentos para animais levaram à redução da produção de suínos em muitos países. No entanto, no Vietname, China, África do Sul, Brasil e México, a melhoria dos preços da carne de porco e outras condições de mercado levaram ao crescimento do sector
  • A produção de rações para bovinos de leite diminuiu 1,32%, principalmente devido ao elevado custo da alimentação animal combinada com os baixos preços do leite, o que fez com que os agricultores reduzissem o seu efectivo de vacas e/ou dependessem mais de fontes de alimentos não comerciais. Excepção para a Irlanda, onde a seca fez com que os agricultores dependessem mais dos alimentos para animais comerciais, e da Nova Zelândia, onde o preço do leite foi mais elevado
  • A produção de rações para bovinos de carne diminuiu ligeiramente, 0,34% a nível global. A tendência de queda manteve-se na Europa, mas em quase todas as outras regiões registaram-se aumentos. Na Austrália, a redução da produção de rações foi consequência da abundância de pastagens e não reflecte qualquer alteração da procura de carne de bovino
  • No sector da aquacultura verificou-se um crescimento da produção mundial de rações de 2,7%. Os 5 principais países produtores são a China, o Vietname, a Índia, a Noruega e a Indonésia. Registaram-se aumentos significativos na China, Brasil, Equador, Filipinas e EUA, e foi um dos poucos sectores que registou crescimento na Europa
  • A produção de alimentos para animais de estimação foi a que mais cresceu, com um aumento médio global de 7,25%. Este aumento significativo deve-se, em grande parte, ao aumento do número pessoas que adoptaram animais de estimação durante a pandemia da Covid-19. A América do Norte e a Europa continuam a ser as principais regiões produtoras de alimentos para animais de estimação.

Pode ler o Alltech Agri-Food Outlook 2023 completo aqui.

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