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AJAP apela ao “sentido de responsabilidade dos partidos políticos” para que possam viabilizar o OE 2025

A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal apela “ao sentido de responsabilidade dos partidos políticos e ao diálogo, para que possam viabilizar o Orçamento de Estado (OE 2025) que se aproxima, porque é nosso entendimento que mais importante do que esta ou aquela vitória política pontual, importa olhar o país agrícola e rural na sua transversalidade, e perceber que se não o estruturarmos e prepararmos devidamente para o futuro, não é com medida avulso A, B ou C, com impacto no imediato, que se resolve o problema do País como um todo”.

“Relativamente ao futuro, se existe sector que exige estabilidade nas políticas, na estratégia, na estruturação e restruturação e programação de obras de Estado, nas políticas da água, electrificação e energias alternativas, tão marcantes do sucesso de muitas explorações, é o sector agrícola”, realça a AJAP em nota de imprensa.

E adianta que “a determinados níveis de competitividade e dimensão, a disponibilidade de água e energia a preços competitivos, para o sector agrícola em toda a sua dimensão (produção de alimentos vegetais, de origem animal, florestal) e produtos transformados, é crucial. Estes custos, normalmente mais elevados em Portugal, tornam-nos menos competitivos”, sem esquecer “fertilizantes, sementes, fitofármacos, alimentos compostos, produtos veterinários, máquinas e equipamentos agrícolas, impostos como IVA, IRS, IRC e até mesmo a Segurança Social”.

“O valor extremamente elevado de todos estes factores, praticado em Portugal, quando comparado com outros países, torna muitas das nossas pequenas e médias explorações inviáveis, razão pela qual muitas vão encerrando. Infelizmente os nossos políticos não entendem isto”, frisa a AJAP.

Por outro lado, realça as “vezes sem conta” que tem “elogiado merecidamente a postura do actual Governo em relação à Agricultura, basta atender às intervenções proferidas pelo actual primeiro-ministro, bem claras no entendimento do que representa este sector, na sua estratégia de governação do País”.

José Manuel Fernandes “tem feito o seu melhor esforço”

De igual forma o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, “tem feito o seu melhor esforço em percepcionar o país agrícola e rural, o que somos, o que podemos ser, nessa perspectiva tem apresentado boas soluções, algumas delas estão já em marcha, outras aguardam decisão em Bruxelas e outras estão a ser analisadas tecnicamente”.

Por exemplo, em relação à renovação geracional, “fez propostas que, se aprovadas em Bruxelas, vão seguramente atrair mais jovens a este sector (importa atender às especificidades referidas neste comunicado em relação ao sector do leite)”, além de ter em curso o acesso a crédito bancário a taxa de juro zero, “estabeleceu algumas medidas facilitadoras na aquisição de terras, sendo que aguardamos propostas em relação ao problema da água para o sector um pouco por todo o País”.

“Sectorialmente, reconhece os enormes problemas com os vinhos (lançou já medidas, tem outras em estudo), conhece a realidade do sector do leite, dos cereais (incluindo o milho grão), das frutas (pêra com vários problemas) e dos frutos secos. Em quase todos estes sectores existe um problema crónico comum que o (…) ministro da Agricultura bem conhece: a enorme volatilidade dos preços, tão dependentes das produções de parceiros europeus como de países terceiros”, acrescenta a mesma nota.

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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