A Aicep acaba de publicar a “Ficha de Mercado da China”, a qual faz uma análise da economia chinesa, das relações económicas Portugal-China e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.
Em 2015, a China registava o segundo maior produto interno bruto (PIB) mundial, em termos nominais, a seguir aos Estados Unidos da América e situava-se na primeira posição em número de habitantes. Segundo dados estimados pelo EIU – The Economist Intelligence Unit, a população era de 1 361 milhões de pessoas, sendo o PIB per capita de 8.220 USD.
Embora se tenha verificado um certo abrandamento nestes últimos anos, a economia da China vinha registando taxas de crescimento consideráveis como resultado da reestruturação económica e da sua inserção no contexto internacional. No entanto, está a verificar-se uma mudança, em termos estruturais, na economia chinesa, passando de uma economia baseada na vertente industrial e nas exportações para uma situação em que o consumo interno e os serviços passam a ser importantes motores do seu crescimento económico.
Revelam os analistas da Aicep que “o incremento do PIB foi de 6,9% em 2015. Registou-se um acréscimo do produto interno bruto de 6,7% no período de Janeiro a Junho de 2016, em termos anuais, mas espera-se uma ligeira desaceleração no segundo semestre, reflectindo-se no acréscimo do PIB previsto pelo EIU para o ano corrente que é de 6,6% (a taxa prevista pelo FMI – Fundo Monetário Internacional é idêntica)”. Prevê-se que o crescimento real do PIB continue a desacelerar gradualmente até 2018. A China passou a ser, em 2009, o primeiro exportador e o segundo importador a nível mundial. Enquanto receptora de IDE (investimento directo do exterior), a China desceu, em 2015, ao terceiro lugar no respectivo ranking mundial, ocupando, nesse ano, idêntica posição no ranking de mercados emissores de investimento directo no exterior.
China, o 10º mercado das exportações portuguesas
Em termos do relacionamento económico bilateral, no âmbito do comércio internacional de bens, o mercado chinês ocupou a 10ª posição no ranking de clientes das exportações portuguesas em 2015, situando-se no 7º lugar enquanto fornecedor. As exportações para a China aumentaram em 2012 e 2014, diminuíram em 2013 e 2015, sendo a taxa média de crescimento anual, nos últimos cinco anos, de 27,1%. O montante das exportações passou de 396,6 milhões de euros em 2011 para 839 milhões de euros em 2015. O número de empresas portuguesas exportadoras de produtos para a China tem vindo a aumentar, tendo sido registadas 1 356 empresas em 2015.
Ao nível das trocas comerciais, desde a sua adesão à OMC, em Dezembro de 2001, a China tem envidado esforços na implementação de um conjunto de medidas tendentes a uma liberalização comercial e económica, diminuindo a lista de produtos sujeitos a contingentes, reduzindo as tarifas aduaneiras e dispensando uma variedade de bens da emissão de licenças de importação.
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