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AICEP Brasil. Desafio: falsificação e adulteração do azeite é “provavelmente o mais complexo de enfrentar”

“Apesar da janela de oportunidade que o mercado brasileiro representa para os produtores portugueses [de azeite], no reverso da medalha surgem alguns desafios importantes. (…) provavelmente o mais complexo de enfrentar, é a falsificação e adulteração do azeite”.

Quem o diz é Francisco Saião, delegado da AICEP — Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal em São Paulo, Brasil, adiantando que de acordo com informações disponibilizadas pelo MAPA [Ministério da Agricultura e Pecuária brasileiro], em 2023 o “azeite de oliva” foi o segundo produto alimentar mais falsificado no Brasil, a seguir ao pescado”.

“A fraude mais comum foi a mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais. Também são encontrados casos de azeite refinado vendido como azeite extra virgem”, escreve aquele responsável em artigo publicado na edição de Dezembro da Revista Portugalglobal, dedicada ao sector do azeite, editada pela AICEP.

No Brasil, acrescenta, “a falta de regulamentação rigorosa acaba por prejudicar a confiança do consumidor, daí a importância das políticas de controlo e educação do público sobre as características do azeite genuíno”, adianta Francisco Saião.

Para o delegado da AICEP em São Paulo, “apesar da janela de oportunidade que o mercado brasileiro representa para os produtores portugueses, no reverso da medalha surgem alguns desafios importantes. O primeiro é o preço, hoje ainda mais premente devido à conjuntura internacional de quebras na produção global decorrentes de anos de seca severa. Tradicionalmente, o azeite no Brasil tende a ser, em média, mais caro do que óleos vegetais comuns, como o de soja, o que dificulta o seu consumo em larga escala”.

“Um segundo desafio prende-se com a educação do consumidor. Embora haja um crescente interesse por produtos mais saudáveis, uma franja considerável da população brasileira ainda desconhece as diferentes categorias de azeite, os seus benefícios particulares ou melhores utilizações na confecção de alimentos. A desinformação sobre como escolher um azeite de boa qualidade e a dificuldade em entender as especificidades de sabor e aroma são igualmente factores que limitam a expansão do mercado”, salienta Francisco Saião.

Pode ler a edição de Dezembro da Revista Portugalglobal, editada pela AICEP, aqui.

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