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AgroGlobal. Maior feira agrícola ibérica devia ser visita obrigatória para todos os estudantes do secundário. E também políticos de cidade

Editorial

A AgroGlobala maior feira agrícola ibérica dedicada aos profissionais, que se realiza nos dias 7, 8 e 9 de Setembro, em Valada do Ribatejo, deveria ser de visita obrigatória para todos os estudantes e professores, pelo menos do ensino secundário. E também para deputados ambientalistas “de cidade” que nunca pegaram numa enxada mas acham que é coisa fácil.

Faltam poucas horas para arrancar a primeira feira agrícola pós-Covid totalmente presencial. Poucas horas para agricultores, construtores de maquinaria, de software e consultores mostrarem como pode evoluir a agricultura, a bem da alimentação da população e da sustentabilidade ambiental.

Os sistemas de rega já são quase todos gota-a-gota, poupando água, as variedades de milho multiplicam-se (umas para pipocas, outras para alimentação animal, outras para apenas chegarem do Prado ao Prato dos portugueses, como milho doce), o regadio mostra ser eficiente na amendoeira e no azeite (que permite uma excelente auto-suficiência do País).

A AgroGlobal deveria ser visita obrigatória para estudantes, professores e políticos, com assento na Assembleia da República, que querem o Estado, os portugueses, a pagar “programas escolares relacionados com a importância da agricultura biológica na sustentabilidade ambiental e no consumo de alimentos saudáveis, promovendo a produção de hortas biológicas nas escolas”, sem saberem o que é a Vida no Mundo Rural, e sem saberem que a AgroGlobal é “um antro” de Agricultura Biológica, de tecnologia de inovação, sustentável.

As empresas de pesticidas — o termo não tem sentido negativo; pelo contrário, há que proteger as plantas das doenças, da mesma forma que eu tomo uma Aspirina para a dor de cabeça — cada vez apostam mais em biopesticidas, em fertilizantes orgânicos, etc., cada vez apostam mais na sustentabilidade ambiental.

O Mundo Agrícola está a mudar. E é essa mudança, tecnológica e de sustentabilidade, que se pode ver na AgroGlobal, até 9 de Setembro.

A entrada é livre. A Feira é mesmo para profissionais. Mas deveria ser obrigatória para todos os alunos, pelo menos do Ensino Secundário.

Visita obrigatória

E de visita obrigatória porquê? Porque vivemos num País onde o ensino público, através do canal público de televisão dedicado à Telescola, transmitiu, a 13 de Maio de 2020, no programa “Estudo em casa”, na aula 4 de Ciências Naturais dos 7.º e 8.º anos, um slide com o título “Impactes da exploração dos recursos agropecuários”  em que dá como facto que a agricultura intensiva (em sebe) leva a uma “utilização excessiva de fertilizantes, pesticidas e herbicidas” e que as explorações agropecuárias fazem “uso inadequado de antibióticos e de hormonas de crescimento”. E é totalmente o contrário.

Por outro lado, nessa aula, a professora de Ciências garantiu aos alunos que a introdução de organismos geneticamente modificados (OGM) são “riscos para a saúde humana e para o ambiente”. Pois, professora, não sei se come milho. Mas, se come, espero que saiba que dantes era verde, intragável.

É por isto. A AgroGlobal deveria ser visita obrigatória para estudantes, professores e políticos, com assento na Assembleia da República, que querem o Estado, os portugueses, a pagar “programas escolares relacionados com a importância da agricultura biológica na sustentabilidade ambiental e no consumo de alimentos saudáveis, promovendo a produção de hortas biológicas nas escolas”, sem saberem o que é a Vida no Mundo Rural, e sem saberem que a AgroGlobal é “um antro” de Agricultura Biológica, de tecnologia de inovação, sustentável.

Não basta exigir aos portugueses, que através do Orçamento do Estado paguem “um programa de formação dirigido a novos agricultores florestais, com o objectivo de desenvolver programas educativos sobre a produção de floresta biológica e a agricultura sintrópica”. Os políticos têm de ir ao campo; neste caso, à Feira.

P.S. – Um Grande Obrigado à persistência de Joaquim Pedro Torres na realização desta Feira.

Carlos Caldeira

 
       
   
 

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