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Agro.Ges: necessidades hídricas da cultura do abacate são inferiores às da nogueira, amendoal e dióspiro

A cultura do abacate na região do Algarve tem estado debaixo de fogo, com várias organizações a acusarem os agricultores de praticarem um produção intensiva, prejudicarem o ambiente e consumirem grandes quantidades de água. Foi neste cenário que a AlgFuturo — União Empresarial do Algarve pediu à consultora agrícola Agro.Ges um estudo sobre “A Importância da Cultura do Abacate na Região do Algarve”.

E conclui a Agro.Ges que “a maioria das plantações são bastante recentes, recorre a rega gota-a-gota e apresenta um número variado de compassos de plantação, que resultam habitualmente numa densidade de 300 a 400 plantas por hectare”. E realça: “consideraram-se necessidades, em ano cruzeiro de cerca de 6.500 m3/ha.ano”.

Segundo o estudo da Agro.Ges, coordenado por Francisco Avilez, por comparação com outras culturas, as necessidades teóricas de rega, baseadas no défice hídrico, são, na região do Algarve, “semelhantes ao abacate para as culturas do olival, dos citrinos ou da romãzeira. São superiores às do abacate as necessidades das nogueiras, das amendoeiras e dos diospireiros”.

Questões ambientais

O estudo da Agro.Ges garante que “a maioria das plantações são bastante recentes, recorre a rega gota-a-gota e apresenta um número variados de compassos de plantação, que resultam habitualmente numa densidade de 300 a 400 plantas por hectare”, e que no ano de cruzeiro, que se admitiu ser atingido ao oitavo ano de plantação, “a maior parte da conta de cultura prende se com custos de mão-de-obra e de colheita (o que começa a indiciar o forte potencial para geração de emprego que a cultura tem)”.

Quanto às questões ambientais, refere a Agro.Ges que, apesar de não haver dados estatísticos disponíveis, a recolha de informação que a equipa de projecto levou a cabo, incluindo visitas ao terreno, permitiu observar que uma parte importante das áreas de produção se encontram nas proximidades de aglomerados populacionais ou de casas de habitação isoladas.

Não obstante esta situação, a cultura tem a seu favor o facto “de serem necessárias significativamente menos aplicações de fitofármacos que na média das culturas da região. De facto, um pomar após os três anos de plantação não utiliza qualquer herbicida, sendo a aplicação de acaricida 2 tratamentos por ano em média) a única acção fitossanitária utilizada”.

A seu favor, também, a cultura de abacate conta com o facto de haver uma parte da área que está a dar os primeiros passos na utilização de abelhas nas áreas de produção como forma de potenciar a polinização das plantas. Esta prática cultural deverá trazer um efeito de “contágio” a parcelas agrícolas vizinhas, onde as abelhas poderão polinizar culturas com outras épocas de floração, beneficiando assim as áreas vizinhas.

“Adicionalmente, haverá uma nova actividade económica, a produção de mel, que apesar de não ser o principal objectivo desta prática, será geradora de novos rendimentos e de alguns postos de trabalho especializados”, realça ainda o estudo.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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