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Agricultores “têm oportunidade de produzir energia verde”

Produzir energia que, além de renovável, seja realmente verde não é nada fácil, sobretudo em centrais de grande dimensão. No entanto, descentralizando esta produção, é possível e rentável, como o prova a cooperativa de energias renováveis Coopérnico. E as explorações agrícolas podem “aproveitar a oportunidade, porque as tarifas subvencionadas (pelo Governo) a estes níveis não vão durar muitos mais anos”.

Miguel Almeida, membro da Coopérnico, afirmou ao Agricultura e Mar que a cooperativa ainda não tem projectos na área da agricultura, mas acrescentou que os agricultores com explorações de alguma dimensão têm vantagem em produzir energias renováveis “para vender à rede a tarifas subvencionadas, porque as potências que estão a ser colocadas no mercado não estão a ter compradores e há espaço, o Governo continua a financiar”.

A Coopérnico anunciou recentemente os seus planos para construir uma nova central de energia renovável, que oferece uma taxa de retorno de 9,5%. A cooperativa devolve juros de 4% sobre o investimento dos cooperadores que quiserem apostar nesta central e reserva os restantes 4,5% para o seu crescimento orgânico. Um dia depois de colocar esta oferta, já conseguiu 12 mil euros do total de 50 mil euros de capital necessário para arrancar com a construção. A nova central fará parte do projecto da Fundação Irene Rôlo, em Tavira.

Com outras sete centrais construídas e em produção, a Coopérnico atingiu este ano, o seu terceiro em actividade, “um cash flow positivo, pela primeira vez”, em cerca de 5.000 euros. “Mas temos um prejuízo ainda de 1.500 euros, porque ainda não tínhamos a totalidade do consórcio de produção, mas tínhamos a totalidade da amortização”, acrescenta Miguel Almeida. Desde 2013, a Coopérnico foi nomeada para vários prémios, incluindo o prémio da União Europeia para iniciativas na área das energias verdes, em 2015, e ganhou o prémio CASES, também no ano passado.

A cooperativa está presente no encontro cooperativo “Ritmos de Mudança” 2016, em Abrantes, onde apresentou hoje o debate “Energia – Formas alternativas de produção e gestão”.

Agricultura e Mar Actual

(em Abrantes, a convite do Instituto Marquês de Valle Flôr)

 
       
   
 

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