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Agricultores europeus: Estratégia do Prado ao Prato aprovada no PE põe em causa “soberania alimentar, futuro da agricultura e o mundo rural”

A Copa-Cogeca, representante dos agricultores europeus, já reagiu à votação de 10 de Setembro, no Parlamento Europeu, das Comissões da Agricultura e do Ambiente, garantindo que “um número limitado, mas muito significativo, de propostas aprovadas hoje na votação nos comités AGRI e ENVI cruzam as linhas vermelhas e questionam directamente nossa soberania alimentar e o futuro da nossa agricultura e das áreas rurais”.

E salienta: “dado o seu conteúdo actual e a falta de análise de impacto sobre algumas propostas, a Copa-Cogeca não pode apoiar o relatório alterado pela votação de hoje”.

Relembre-se que a votação dos eurodeputados da Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (AGRI) e da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (ENVI) contou com 94 votos a favor da Estratégia do Prado ao Prato, apresentada em Maio de 2020 pela Comissão Europeia, 20 votos contra e 10 abstenções.

Refere a Copa-Cogeca em comunicado que “apesar da acumulação de provas sobre o impacto da estratégia Do Prado ao Prato e apesar dos vários avisos de muitos intervenientes, os deputados europeus dos comités AGRI e ENVI decidiram acrescentar vários novos requisitos à proposta original da Comissão. À semelhança do resto da Estratégia, estas novas propostas relativas ao futuro dos produtos fitofarmacêuticos ou de um imposto sobre determinados géneros alimentícios não foram objecto de qualquer apreciação preliminar”.

Conscientes da necessidade de se adaptarem aos desafios ambientais e apesar da actual situação económica, “as comunidades agrícolas de toda a Europa agem diariamente para responder às exigências de controlo de emissões, biodiversidade e bem-estar animal, ao mesmo tempo que se adaptam às alterações climáticas”, garantem os agricultores europeus.

Se a União Europeia “pretende que tenhamos êxito, terá de nos apoiar”

Se a União Europeia “pretende que tenhamos êxito, terá de nos apoiar, criando um quadro político pragmático baseado em objectivos realistas, coerente com a sua política comercial, que garanta condições equitativas no que diz respeito às importações e que ofereça apoio. E a assistência financeira necessária para garantir uma transição sustentável. A sustentabilidade ambiental não pode ser desconectada da sustentabilidade social e económica, e essa sinergia anda de mãos dadas com objectivos progressivos e pragmáticos”, reforça o comunicado.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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