A Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal tem recebido diversas solicitações de apoio e relatos de destruição de culturas anuais, culturas permanentes, como vinhas e pomares e infra-estruturas agrícolas, bem como instalações de cooperativas agrícolas. Tudo por causa do grave fenómeno meteorológico que se abateu sobre parte do território nacional no passado sábado e que causou enormes prejuízos aos agricultores e às suas organizações, sobretudo na região Centro do País.
Segundo fonte institucional da Confagri, a destruição das culturas anuais, principalmente a do milho, “é muito grave pois implica enormes prejuízos para os produtores que, depois de todos os custos com a instalação e manutenção da cultura, ficam praticamente sem qualquer rendimento”.
As cooperativas, com as suas estruturas para a secagem e comercialização do milho e, com todos os custos fixos associados a essas actividades, “não terão a receita esperada daquelas actividades”, garante a Confagri.
Sem forragem para alimentar os animais
Assinala ainda aquela Confederação que “a situação difícil dos produtores de leite que instalaram a cultura do milho com o objectivo de obterem forragens para os seus animais, que uma vez que perdida a cultura, ficaram sem forragem para alimentar os animais”.
A Confagri considera que face à situação dramática e excepcional em que se encontram os produtores e as suas organizações, se “devem operacionalizar soluções também excepcionais para minimizar os prejuízos destes”. Deverão ser tidos em conta “todos os agricultores, mas particularmente os produtores de milho (silagem e grão), e as suas organizações, que deverão ser apoiados sem excepção”.
Prazos de preenchimento dos formulários
Finalmente, a Confagri solicita que o prazo para preenchimento dos formulários para registo e inventariação de danos da tempestade Leslie “seja suficiente, de modo a permitir que todos os agricultores os possam preencher”.
Refere a Confederação que “há diversos concelhos nesta região em que as organizações de agricultores têm as suas instalações destruídas e não têm acesso à energia eléctrica e à Internet para poderem formalizar o registo e inventariação dos seus danos”.
Agricultura e Mar Actual