A UABDA — União de Agricultores e Baldios do Distrito de Aveiro junta-se à CNA – Confederação Nacional da Agricultura para uma acção de protesto, no dia 24 de Março, durante a abertura da 54ª Agro – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, que se realiza entre os dias 24 e 27 de Março de 2022, no Altice Forum Braga.
Diz a direcção da UABDA em comunicado que os agricultores estão “revoltados com a situação vivida no sector” e apela a todos os agricultores do distrito a mobilização “para a defesa da produção e soberania alimentar nacional”.
A União de Agricultores e Baldios do Distrito de Aveiro reuniu recentemente, para analise da situação da agricultura no distrito e concluiu, que “a situação é dramática e vem desta forma solidarizar-se com todos os agricultores e reclamar junto do Governo, mais uma vez, medidas concretas de apoio ao sector”.
No mesmo comunicado, a União destaca “a necessidade urgente da redução dos preços dos factores de produção passando pela regulamentação dos mesmos, nomeadamente das rações, combustíveis, energia, fertilizantes e fitofármacos”.
E explica que “em 2002 um saco de ração de 50 kg custava 9,33€, hoje 30 kg -13,80€; 50kg de fertilizante 10,27€, hoje-25kg -18,25€; o preço do leite rondava os 60 cêntimos, hoje – 33centimos. Tendo em conta a situação actual, exigir já, à senhora ministra da Agricultura, não reduções extraordinárias que se revelam insuficientes, face à brutal subida dos combustíveis e relativamente à energia, a aplicação da lei aprovada em Assembleia da República Relativamente a implementação do apoio à electricidade Verde”.
Por outro lado, acrescenta que “o sector leiteiro vive à anos em situação de desequilíbrio, derivado aos baixos preços pagos à produção, não existindo margem para fazer face aos sucessivos aumentos nos preços dos factores de produção, que levou já, ao encerramento de dezenas de explorações no distrito. Tendo em conta a situação, vimos reclamar o aumento do leite para os 40 cêntimos”.
“O mesmo problema se verifica nas outras áreas do sector, nomeadamente na produção hortícola, vitivinícola e pecuária, o horizonte do encerramento de explorações está cada vez mais perto. No sector florestal assistirmos ao abate indiscriminado de árvores na mata de Ovar e alerta-mos o governo para esta situação”, diz ainda o mesmo comunicado.
Agricultura e Mar