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Agricultores de Castelo Branco pedem prolongamento do fim das moratórias e linha de crédito específica para a agricultura

A direcção da ADACB — Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco, face a actual situação da agricultura exige “medidas urgentes”. E por isso reclama o prolongamento do fim das moratórias e uma linha de crédito específica para a agricultura, com juros bonificados, com aval do Estado, tendo em vista superar dificuldades de tesouraria e de fundo de maneio.

Por outro lado, pede a revisão dos projectos aprovados de forma a ajustar os orçamentos ao aumento real do custo dos factores de produção e a concretização de medidas – nomeadamente as previstas no âmbito do Estatuto da Agricultura Familiar – que “criem condições mais favoráveis aos agricultores para continuarem a produzir”.

“Sem mais demoras, o Ministério da Agricultura e o Governo têm de adoptar medidas para combater, de forma eficaz, a especulação com os preços dos fertilizantes, combustíveis, das rações e de outros factores de produção; aumentar o benefício do gasóleo verde e colorido para os agricultores e repor a “electricidade verde” para o valor a incidir sobre a totalidade da factura (termo fixo e consumo)”, dizem aqueles agricultores.

Em nota de imprensa, explica a direcção da Associação que, “por influência do Covid-19, ou por problemas geopolíticos nos países de maior produção de factores de produção para a agricultura, o facto é que nesta campanha houve um aumento brutal dos preços dos factores de produção“.

“A verdade é que o Covid-19 com o encerramento da restauração, por exemplo, que normalmente absorve muita produção agrícola local, veio agravar as dificuldades de comercialização e consequentemente os agricultores viram os seus rendimentos a baixar”, realça ainda a mesma nota de imprensa.

Custos das rações dispararam

Salienta a Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco que os “custos das rações dispararam com o aumento do preço dos cereais nos mercados e mantém-se elevadas as despesas com a electricidade, os combustíveis, os fertilizantes e a sanidade animal…”.

“Às dificuldades dos agricultores em suportar os elevados custos dos factores de produção, acresce que se antecipa um forte impacto na execução dos projectos agroflorestais, nas suas várias linhas, já que as candidaturas na forma em que as conhecemos não prevêem mecanismos de compensação implicando um maior esforço e taxas de comparticipação por parte dos promotores agrícolas. Ao mesmo tempo enfrenta-se preços demasiado baixos na produção – a valores de há muitos anos atrás – o que está a criar problemas de solvabilidade e liquidez das explorações agrícolas”, reforça a Associação, que prevê “ainda o agravamento desta situação com o fim das moratórias de crédito”.

Para aqueles agricultores de Castelo Branco, “se não aumentar o preço a que vendemos a nossa produção e se a situação se mantiver serão cada vez menos os agricultores que conseguem resistir, pois serão forçados a abandonar a actividade e recorde-se que nos últimos dez anos, de acordo com os censos agrícolas promovidos pelo INE registaram-se menos 15.500 explorações”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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