A seu pedido, o conselho de administração da AEP – Associação Empresarial de Portugal foi hoje, 4 de Maio, recebido pelo primeiro-ministro, António Costa, na sua residência oficial, em S. Bento, um dia depois de a instituição ter completado 167 anos de existência.
A audiência – em que a AEP se fez representar pelos seus presidente, Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente, Luís Miguel Ribeiro, e administrador executivo, Angelino Ferreira – serviu, fundamentalmente, para identificar o primeiro responsável do XXI Governo Constitucional com os aspectos mais relevantes da actividade associativa e referenciar um conjunto de situações que afectam o bom funcionamento da economia real e são potencialmente lesivas da competitividade empresarial, do emprego, da coesão territorial e do desenvolvimento das regiões portuguesas de convergência, nomeadamente o Norte e o Centro, onde se concentra a maior parte das empresas exportadoras.
Preocupação com o QREN
Os dirigentes da AEP puderam expressar a sua preocupação pelo arrastar do processo de encerramento do QREN e procuraram sensibilizar o Primeiro-Ministro para a necessidade de o Governo acelerar a execução do Portugal 2020, em especial no que se refere às empresas. A capitalização destas, o financiamento da economia, a redução dos custos de contexto e a actualização e melhoria do Programa Simplex foram outros dos assuntos abordados.
Na parte da audiência dedicada às questões regionais, os dirigentes da AEP reiteraram ao primeiro-ministro a sua visão, chamando a atenção para a necessidade de acautelar o interesse nacional e a equidade entre todas as regiões.
Neste contexto, voltaram a defender celeridade nos investimentos previstos para o Porto de Leixões, a criação de um verdadeiro o eixo ferroviário Aveiro-Viseu-Vilar Formoso e a valorização do aeroporto Francisco Sá Carneiro pela TAP, com a consequente revisão de opções operacionais lesivas dos interesses das pessoas e das empresas das regiões Norte e Centro.
No que toca à actividade da AEP, foi o primeiro-ministro inteirado dos resultados alcançados com o processo de reestruturação, o qual tem tido implicações positivas na redução do passivo e no relançamento da vida associativa. Como resultado, a AEP dinamiza hoje uma série de iniciativas e projectos com “reflexos muito positivos no reforço das competências e no alargamento dos horizontes de muitas pequenas e médias empresas portuguesas na economia global – seja na internacionalização, nas feiras e congressos, na formação e no melhor aproveitamento dos fundos comunitários disponíveis até 2020”, diz a direcção da AEP.
“Exemplo disso é o projecto Novo Rumo a Norte, de que a AEP é promotora e cuja operacionalização cabe a uma rede colaborativa, com mais seis dezenas de parceiros, que tem vindo a mobilizar o movimento associativo empresarial de uma região com mais de 340 mil empresas e onde estão sediadas 39% das exportadoras portuguesas”, adianta a mesma fonte.
O primeiro-ministro foi ainda informado da estratégia de internacionalização da Exponor, que a AEP e os seus parceiros pretendem concretizar em breve.
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