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AEP leva 31 empresas à FIHAV – Feira Internacional de Havana

Portugal vai estar representado pela primeira vez num pavilhão nacional na Feira Internacional de Havana (FIHAV), entre 31 de Outubro e 4 de Novembro, organizado pela AEP – Associação Empresarial de Portugal em parceria com a Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo Portugal-Cuba (CCIST P-C).

Ao todo o Pavilhão de Portugal vai receber 31 empresas portuguesas e uma associação empresarial, que terão a oportunidade de participar no “Encontro Empresarial Portugal Cuba”, que conta com a presença do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da Câmara de Comércio de Cuba, Orlando Hernándes Guillén, e do presidente da AICEP – Portugal Global, Miguel Frasquilho.

A presença na FIHAV coincide com a visita oficial do Presidente da República Portuguesa a Cuba, no seguimento da sua participação na XXV Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, que se realiza nos dias 28 e 29 de Outubro em Cartagena das Índias, na Colômbia.

Aproveitando a deslocação à Colômbia, o Presidente da República realizou uma visita oficial a Cuba nos dias 26 e 27 de Outubro e, no primeiro dia em Havana, durante a manhã, esteve presente no Encontro Empresarial Portugal Cuba, organizado pela AICEP e pela Câmara de Comércio de Cuba, reunindo com as empresas que participam na 34ª edição da FIHAV.

“Esta é para nós uma demonstração da importância da presença de empresas portuguesas na maior feira multissectorial das Caraíbas”, destaca Paulo Nunes de Almeida, presidente da AEP.

A participação portuguesa na FIHAV resulta de uma parceria entre a AEP e a CCIST P-C, que têm promovido activamente as relações económicas entre Portugal e Cuba, contribuindo para o reforço do relacionamento empresarial e o incremento dos negócios entre os dois países, tendo assinado em Junho deste ano um Protocolo que institucionaliza a cooperação entre duas instituições.

25 sectores de actividade

No Pavilhão de Portugal, em Cuba, vão estar 31 empresas de 25 sectores de actividade, desde a construção civil e obras públicas, materiais de construção, rochas ornamentais, arquitectura e serviços imobiliários, valorização de resíduos metálicos, indústria e comércio de produtos farmacêuticos, logística de transportes, fabricação tintas e vernizes, de artigos de plástico, de fibras sintéticas e artificiais, de moldes metálicos, de chapas, folhas e tubos, de carroçarias, de equipamento para refrigeração, de máquinas diversas, de mobiliário e de calçado, passando, pela fabricação de refeições e pratos pré-cozinhados, preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas, conservas de peixe e alimentação para animais de companhia.

Estas empresas globalmente dão resposta às necessidades mais emergentes da economia cubana que nos últimos anos assistiu a um crescimento relevante das áreas do turismo, minas e na indústria farmacêutica. Esta é a segunda vez que a AEP organiza uma participação à principal feira multi-sectorial que se realiza em Cuba, e a quinta acção de promoção neste mercado. Em 2000, a associação levou a esta feira um grupo de 11 empresas de diferentes sectores de actividade. Antes, em 1999 e 1996, promoveu duas missões empresariais de reconhecimento das oportunidades existentes naquele mercado. Em Fevereiro deste ano, em parceria com a CCIST P-C, realizou uma missão empresarial com 11 empresas portuguesas.

“Este ano, as acções de promoção externa do tecido empresarial português realizam-se num contexto económico diferente do que existia há 16 anos em Cuba. A visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que se realizou alguns dias depois da missão portuguesa ter passado por Cuba, abriu uma janela de oportunidades para a economia cubana e internacional, devido à promessa deixada pelo presidente norte-americano de avançar com o levantamento do embargo comercial que vigora há 54 anos”, explica Paulo Nunes de Almeida.

Além do mais, acrescenta Paulo Nunes de Almeida, “a este factor acresce uma nova postura do Governo cubano, que tem vindo a reformar o sistema económico para abrir o mercado à iniciativa privada e captar investimento estrangeiro”.

Feira recebe mais de 60 países

A FIHAV já vai na sua 34ª edição e anualmente, além das companhias cubanas, recebe empresas de mais de sessenta países. Na edição deste ano, estão em destaque sectores de grande impacto para a economia de Cuba, como e energético, industrial, comunicações, construção, agricultura, bens e serviços, entre outros.

A participação na FIHAV, em Cuba, organizada pela AEP e pela CCIST P-C, constitui uma das cerca de quatro dezenas de acções previstas no programa de internacionalização, “Business on the way” 2016, que abrange 27 mercados diferentes e é co-financiado pelo Compete 2020 no âmbito do Portugal 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, Eixo II – Projetos Conjuntos – Internacionalização.

Exportações para Cuba superam os 45 milhões de euros

A balança comercial luso-cubana foi sempre favorável ao nosso País, até ao final do ano passado. Este ano está a assistir-se a uma inversão dessa tendência, em parte, proporcionada pela abertura que a iniciativa empresarial em Cuba está a viver, com o incentivo dos seus lideres governamentais.

Até Setembro deste ano, as importações nacionais de bens provenientes de Cuba cresceram 262,6%, ficando a balança comercial positiva em 8,4 milhões de euros para a ilha das Caraíbas. Portugal comprou nos primeiros nove meses deste ano bens no valor de 36,8 milhões de euros, sendo 90% do total comprado a Cuba referente a bens alimentares (subida de 6,3 milhões de euros para 33,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano).

Por seu turno, as exportações para Cuba recuaram 2,3%, situando-se nos 28,3 milhões de euros e dividiram-se pelas categorias dos minerais e minérios, máquinas e aparelhos, plásticos e borracha e metais comuns (70% das vendas).

Os resultados de 2016, ainda por terminar, reflectem um comportamento que se começou a desenhar nos anos anteriores. No final do ano passado, a taxa de cobertura entre exportações e importações superava os 171%, com Portugal a vender para a maior e economicamente mais forte ilha das Caraíbas 45,9 milhões, e com as importações ficaram-se pelos 26,8 milhões de euros, valendo um saldo positivo da balança comercial de 19 milhões de euros para o nosso País.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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