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Acréscimo contra prolongamento do prazo de apoio do PDR 2020 ao eucalipto

A Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal “condena o apoio público europeu às (re)plantações com eucalipto em Portugal”. Em comunicado, a associação refere-se ao facto do Ministério da Agricultura ter decidido prolongar por mais dois meses, de 31 de Julho para 29 de Setembro, o prazo para a apresentação de candidaturas ao apoio público, de 9 milhões de euros, para acções de replantação com eucalipto em “zonas de elevado potencial”. O apoio público é concretizado pelo PDR 2020, através da atribuição de subsídio a fundo perdido, variável entre 30% e 50% das despesas elegíveis.

“Apesar da propaganda da elevada rentabilidade associada à cultura, os cidadãos europeus estão a ser chamados a pagar os custos com replantações de eucalipto em Portugal, em ‘zonas de elevado potencial’ para esta espécie exótica”, dizem os responsáveis pela Acréscimo em comunicado.

Diz aquela associação que “os cálculos relativos à rentabilidade das plantações de eucalipto, um investimento marcadamente mercantil e num negócio silvoindustrial dominado por um duopólio, estão a ser difundidos por defeito no que respeita aos seus custos”. E acusa que “só no decurso deste vício se entende que o Governo português venha agora recorrer ao apoio dos cidadãos europeus”.

A Acréscimo “considera inaceitável e vergonhoso este apoio do Governo a um investimento marcadamente mercantil, o qual se traduz em mais um generoso financiamento indirecto à indústria papeleira”.

As perguntas da Acréscimo

No seu comunicado, a associação deixa uma série de perguntas, tais como se “não haverá necessidade de um apuramento rigoroso e independente, já que, destinando-se este apoio público a plantações de eucalipto em ‘zonas de elevado potencial’, qual o motivo para estarem actualmente em sub-produção?”

E questiona se “não estarão os cidadãos europeus a ser chamados, através deste apoio público, a premiar a má gestão destas plantações” Mais ainda quando esse “prémio” é estabelecido para zonas em que “seria de esperar que o investimento fosse compensado pela produtividade mais elevado e, consequentemente, pelo maior rendimento gerado”.

Ver também: 

PDR 2020: candidaturas à rearborização de eucalipto podem ser entregues até 29 de Setembro

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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