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Açores saúdam decisão do Conselho de Ministros de autorizar Fundo Ambiental a assumir compensações da RAMPA

A Secretaria Regional do Mar e das Pescas congratula-se com a aprovação, em reunião de Conselho de Ministros tida na quinta-feira, de uma Resolução que autoriza o Fundo Ambiental a realizar a despesa e a assumir os respectivos encargos plurianuais relativos ao projecto “Parque Marinho dos Açores – compensações ao sector da pesca” da Região Autónoma dos Açores, até ao montante máximo global de dez milhões de euros.

Esta foi uma das decisões que emanou do Conselho de Ministros realizado na quinta-feira, que contou com a presença dos presidentes do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, e da Madeira, Miguel Albuquerque.

“A medida em causa tem como objectivo apoiar financeiramente o sector das pescas, tendo em conta os eventuais constrangimentos decorrentes da implementação da Rede Regional de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA), que reforça a protecção de 287 mil km² dos ecossistemas marinhos, contribuindo assim, em grande medida, para o cumprimento da meta nacional e europeia de protecção de 30% das áreas marinhas até 2030”, refere uma nota de imprensa do Executivo açoriano.

Em Outubro de 2024, a Assembleia Legislativa Regional dos Açores tinha aprovado uma proposta apresentada pelo Governo Regional dos Açores tendo por base um trabalho conjunto com a Fundação Oceano Azul e a Waitt Foundation que permitiria aumentar para 30% as áreas marinhas protegidas, metade dos quais em regime de “protecção total”, com o objectivo de aumentar a preservação dos recursos marinhos, reduzir as actividades extractivas e tornar mais sustentável o uso do espaço marítimo nas ilhas.

Esta aprovação aconteceu na mesma semana em foi publicada a Resolução do Conselho de Ministros que aprovou o Plano de Situação de Ordenamento do Espaço Marítimo Nacional para a subdivisão dos Açores e poucos dias após a Ministra do Ambiente e Energia ter anunciado que o Governo da República compensaria a 100%, através do Fundo Ambiental, as potenciais perdas dos pescadores pela implementação da RAMPA.

Assim, com esta medida, já antes anunciada e agora concretizada, “pretende-se mitigar as perdas imediatas do sector, enquanto se faz a adaptação gradual da frota regional às novas condições de pesca sustentável, garantindo o equilíbrio entre a conservação ambiental e o equilíbrio do sector”, acrescenta a mesma nota.

A Secretaria Regional do Mar e das Pescas assevera que o estudo do mecanismo de compensações estará concluído antes da entrada em vigor da lei, a 1 de Janeiro de 2026, conforme o calendário definido em Decreto Legislativo Regional.

Pretende-se que até 31 de Dezembro deste ano seja concluído o relatório final do estudo, as propostas de fórmulas de compensações, com as percentagens de impacto, e todo o material necessário para a criação do regulamento das candidaturas, para que se possa proceder à abertura das mesmas, realça a mesma nota.

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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