AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O Governo Regional dos Açores está a trabalhar na proposta da Região para integrar o Plano Estratégico Nacional da Política Agrícola Comum (PEPAC) para o período 2021-2027, apesar de continuar a defender que os Açores, enquanto Região Ultra-periférica e com especificidades próprias, deveria continuar a ter um Plano Estratégico próprio.
O anúncio foi feito pelo secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, que afirmou que “na próxima semana o Governo dos Açores vai remeter à Federação Agrícola dos Açores e a um conjunto de outras entidades ligadas ao sector um documento que contém uma análise de diagnóstico e um conjunto de eixos de intervenção que integrará o PEPAC, para a recolha de contributos”.
O governante acrescentou que, em paralelo, o Executivo vai também, em concertação com os parceiros do sector, desenvolver as medidas do futuro programa de desenvolvimento rural, que serão alinhadas com as estratégias europeias, como seja ‘do prado ao prato’ ou da ‘biodiversidade 2030’.
Que futuro para a nossa Agricultura
O governante, que falava no seminário ‘Que futuro para a nossa Agricultura’, organizado pela Associação de Jovens Agricultores da Terceira (AJAT), salientou que a PAC 2021-2027 terá um crescimento do envelope financeiro de 5%, comparando com a actual PAC, e, apesar de ainda não se conhecerem os valores que serão alocados à agricultura na Região, a expectativa do Governo dos Açores é que estes nunca poderão ter um crescimento inferior aquela taxa, dada a sua importância para se continuar a desenvolver a agricultura nos Açores.
Por outro lado, João Ponte afirmou que o futuro da agricultura nos Açores depende da capacidade do sector em vencer os desafios que tem pela frente, como sejam continuar a impulsionar o desenvolvimento económico, atrair mais jovens para a agricultura, reforçar a produtividade e a modernização, ser mais eficiente e reduzir custos de produção, mas também aumentar o rendimento dos agricultores, garantir a sustentabilidade do sector nas suas diversas dimensões, garantir a segurança alimentar e dar respostas às alterações climáticas.
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