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Açores: Graciosa tem condições para aumentar a produção de alho

O director Regional da Agricultura dos Açores afirmou hoje, 2 Fevereiro, na Graciosa, que há condições para produzir mais alho naquela ilha, tirando melhor partido das infra-estruturas existentes e do apoio técnico, para valorizar mais uma produção tradicional, responder às exigências do mercado e dos consumidores.

“Trata-se de um produto com características qualitativas intrínsecas ligadas às condições locais de solo, de clima, do modo de produção e da sua base genética, que lhe dão propriedades olfactivas e gustativas muito agradáveis e intensas”, referiu José Élio Ventura.

Aquele responsável acrescentou que o alho da Graciosa resulta do “saber de muitos anos, adquirido por via de muita experiência de vida, que não deve ser esquecida, mas que tem de ser ajustada aos novos tempos e às exigências dos mercados”.

1.º Festival do Alho da Graciosa

José Élio Ventura falava no encerramento do 1.º Festival do Alho da Graciosa, organizado pela Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, Câmara Municipal de Santa Cruz, Adega Cooperativa e SDEA – Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores.

“Este deverá ser o momento para conseguirmos uma viragem e um novo ponto de partida para a produção, transformação e promoção deste produto, que possui uma excelente reputação a nível local e nas ilhas mais próximas”, frisou José Élio Ventura, para quem importa aproveitar a associação do alho à ‘Marca Açores’ para dar a este produto uma nova dimensão, quer regional, quer nacional.

Produção de alho em modo biológico

Para o director Regional, devem ainda ser consideradas outras estratégias, como a produção de alho em modo biológico ou o facto de ser produzido numa Reserva da Biosfera, o que lhe pode permitir ostentar o símbolo de produto da ‘Biosfera Açores’.

Paralelamente, pode e deve avançar o reconhecimento e a protecção da designação ‘Alho da Graciosa’ como Indicação Geográfica Protegida, considerando a sua homogeneidade, características e identidade próprias.

“Esta denominação pode constituir uma protecção, trazer mais-valias aos produtores, melhorando o seu rendimento, promovendo novas oportunidades de negócio e contribuindo para o crescimento e modernização da economia da ilha”, disse José Élio Ventura.

No final do ano passado existiam na Graciosa cerca de uma dezena de produtores de alho, numa área aproximada de sete hectares, com uma produção de cerca de 25 toneladas.

https://www.facebook.com/vitecazorestv/videos/2001662903202311/

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