O secretário Regional da Agricultura e Florestas desafiou os produtores de vinho a apostarem numa estratégia que esteja focada na qualidade, salientando que a vitivinicultura nos Açores é “um sector vivo, pujante, premiado e com boas perspectivas de crescimento”.
“Produzindo vinhos distintos, diferenciados dos que já existem no mercado, através de uma estratégia que não submeta a qualidade aos ditames da quantidade, será possível ganhar e fidelizar novos clientes, conquistar novos mercados e aumentar as exportações e o volume de negócios”, afirmou João Ponte, que falava sábado, na Madalena, na gala de encerramento da ‘Cidade do Vinho 2017’.
Projecção e qualidade dos vinhos dos Açores
Para o governante açoriano, a crescente projecção e qualidade dos vinhos dos Açores resultam de vários factores, desde logo a disponibilização de apoios públicos, da ordem dos 19 milhões de euros, para a reconversão e reestruturação das vinhas (VITIS), o apoio à capacidade de inovação dos viticultores, sem esquecer o papel da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVR) e do Laboratório Regional de Enologia.
“Este dinamismo tem atraído cada vez mais investidores, há novos produtores, novos enólogos de referência e gente muito qualificada”, disse João Ponte, frisando que os bons resultados obtidos até agora resultam também da parceria que tem existido entre entidades públicas e produtores privados.
Criação de emprego
João Ponte salientou que este “novo ciclo de desenvolvimento económico”, gerado pela vinha e pelo vinho, tem sido gerador de riqueza e de novos postos de trabalho, pelo que deve servir de motivação para se prosseguir.
Além da aposta na exportação e na procura de novos mercados, o secretário Regional defendeu ainda a necessidade dos vinhos dos Açores apostarem cada vez mais na certificação, “algo essencial para credibilizar e valorizar a produção” no arquipélago.
João Ponte adiantou, por outro lado, que se estima que, no âmbito do Programa de Apoio à Reconversão e Reestruturação da Vinha (VITIS) a Região alcance este ano a meta de 1.000 hectares de área de vinha apta para a produção de vinho certificado.
Na sua intervenção, destacou também que o dinamismo em torno da vinha e do vinho, essencialmente na ilha do Pico, tem permitido dinamizar outras áreas de actividade, tais como o enoturismo.
Agricultura e Mar Actual