AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O secretário Regional da Agricultura e Florestas dos Açores defendeu hoje, 13 de Março, na Horta, a necessidade de aumentar a produção leiteira nas ilhas do Faial, Pico e Flores para assegurar a viabilidade das indústrias e a sustentabilidade do sector leiteiro.
“Isso não se passa só no Faial, passa-se também no Pico e nas Flores. São pequenas indústrias, quantidades de leite baixas e é difícil rentabilizar as fábricas, pelos elevados custos de produção para transformar quantidades reduzidas de leite”, afirmou João Ponte, sublinhando que não se trata de má gestão por parte dos responsáveis das cooperativas.
João Ponte, que falava no final das reuniões com a direcção da Associação de Jovens Agricultores do Faial e o conselho de administração da CALF — Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, salientou que produzir mais, significa maior rentabilidade das explorações, mas também garantir a sustentabilidade do sector leiteiro, com tudo o que isso representa em termos de criação de emprego, de exportações e de dinamismo para as economias locais.
Produzir mais
“Para garantir a sustentabilidade deste sector é preciso, por um lado, que a produção produza mais, entregue mais leite nas fábricas, e que a indústria seja capaz de acrescentar mais valor ao leite que recebe e transformá-lo em produtos com maior valorização nos mercados, de modo a pagar melhor aos produtores, incentivando, desta forma, a produzirem mais”, frisou João Ponte.
Aquele governante salientou ainda que, ao contrário de acontece em algumas indústrias de São Miguel, na Terceira e na Graciosa, não existem limites de produção no Faial, Pico e Flores.
Melhores infra-estruturas
O titular da pasta da Agricultura salientou ainda que, da parte do Governo Regional, o desafio passa por garantir melhores condições ao nível das infra-estruturas, acessibilidades, abastecimento de electricidade e água às explorações, lembrando que os agricultores, a indústria e o Governo devem, em conjunto, trabalhar para garantir a sustentabilidade deste sector na ilha do Faial.
João Ponte reforçou ainda que a sustentabilidade do sector leiteiro é fundamental para a ilha do Faial, não só por aquilo que representa ao nível do emprego, na economia que gera à volta da indústria dos lacticínios e do sector, mas também pelo montante de ajudas ao nível do POSEI e PRORURAL+, que contribuem para o rendimento das explorações.
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