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Foto: Manuel Piteira, Município de Arraiolos

A Sobreira Grande de Arraiolos foi eleita a Árvore Portuguesa do Ano

A Sobreira Grande, com 250 anos, localizada no Vale do Pereiro, no concelho de Arraiolos, vai representar Portugal no Concurso Europeu Árvore do Ano 2020. É a segunda vez que um sobreiro representa Portugal neste concurso, “demonstrando desta forma o apreço dos portugueses pelo mundo rural e pelas suas florestas e pela árvore nacional”, refere a UNAC – União da Floresta Mediterrânica.

A Sobreira Grande representa a típica paisagem alentejana e ganhou o Concurso da Árvore Portuguesa do ano 2022 com 3.317 votos, na votação mais participada deste concurso nacional, até à data de hoje. O segundo e terceiro lugares foram ocupados, respectivamente, pela Melaleuca Armilaris da Quinta das Pratas (Cartaxo) com 1.898 votos e pela Oliveira Real (Faro) com 1.700 votos.

O público decidiu entre 10 árvores candidatas, num total de votos registados de 15.588.

Os resultados finais da votação foram:

A Sobreira Grande | Arraiolos

 

Vale do Pereiro, sito no Concelho de Arraiolos é uma pequena aldeia cuja área envolvente corresponde à típica paisagem alentejana e por onde entre os caminhos rurais se ergue “A Sobreira Grande” que pelo seu porte alberga vida, desperta sentimentos e surpreende-nos com o diâmetro da copa, mas também pela forma como é querida, estimada e conhecida pela comunidade em que no Verão a sua sombra dá guarida a homens e animais, acolhendo a cocaria do rancho e é lugar para o acarro dos rebanhos.

Melaleuca Armilaris da Quinta das Pratas | Cartaxo

A Melaleuca Armilaris é uma árvore de grande porte, de origem Australiana e está situada na centenária Quinta das Pratas, no Cartaxo. É uma árvore que se acredita ter mais de 112 anos e que tem despertado o interesse de investigadores em Botânica. Tem o tronco baixo e muito largo de onde saem longos e grossos ramos que envolvem num aconchegante abraço. Situa-se na tranquilidade de um espaço, que tem sido palco de alegres encontros de crianças, jovens e seniores, ao longo de várias gerações.

Oliveira Real | Faro

Tem mais de 2000 anos, é uma oliveira (Olea europaea L. var. europaea) que vive em Pedras d’el Rei, Tavira, Algarve. Plantada no tempo dos romanos, assistiu à invasão dos mouros e a batalhas até à sua expulsão e testemunhou a fundação de Portugal. Muitos séculos passaram e ela resistiu, o seu tronco cresceu e ficou oco criando no seu interior uma “sala” circular com 1,30m de diâmetro. Um dos seres vivos mais antigos de Portugal foi classificada como uma árvore de interesse público em 1984.

Magnólia do Jardim da Casa da Criança D. Leonor | Leiria

A Magnólia é o ex-libris do Jardim da Casa da Criança Rainha D. Leonor. Enquadrado na Obra Social de assistência infantil, empreendida por Bissaya Barreto na sua terra natal, o Jardim – noutros tempos admirado como um dos mais belos jardins do país – foi projectado pelo arquitecto Alfredo Duarte Leal Machado em 1939 e construído nos dois anos seguintes. No esplendor da floração primaveril, a Magnólia é um monumento natural de grande beleza, num postal colorido de Castanheira de Pêra.

Oliveira de Mouchão | Abrantes

Pescadores reuniam-se junto à Oliveira Velha e daí corriam para os pesqueiros. Quem 1º chegava ao Tejo, escolhia a Pesqueira do Mouchão, a melhor, daí a designação Oliveira do Mouchão. Mais de 3 milénios fizeram dela testemunha silenciosa de Fenícios, de Celtiberos e de Romanos que se deliciaram com o seu azeite. À sombra deste exemplar contemporâneo de Cristo, Cristãos e Muçulmanos selaram acordos. O vento que lhe assobiou nos ramos escutou a bravura dos mourisquenses na luta com os franceses.

Oliveira Milenar | Faro

O Morgado do Quintão é uma quinta em Estômbar. Outrora localizada em Silves, a propriedade foi fundada pelo conde de Silves, e está em posse dos seus descendentes. Há vinha, oliveiras milenares, amendoeiras e figueiras que a actual geração da família se compromete em preservar para as gerações futuras. Além de suas vinhas, a propriedade possui amendoeiras, sobreiros, oliveiras milenares, figueiras e alfarrobeiras e muitas outras árvores frutíferas. Tendo algumas árvores mais de 2000 anos.

Plátano Gigante da Quinta de Fôja |Coimbra

No jardim da Quinta de Fôja existe um plátano de dimensões excepcionais, tanto em largura como em altura. É o maior plátano em Portugal e um dos maiores da Europa. Os historiadores da silvicultura acreditam que o plátano da Quinta de Fôja se encontrava entre os primeiros que foram plantados nas últimas décadas de seiscentos. Em 1939 o plátano foi classificado como “de interesse público”. Uma árvore única!

O Guardião d’ El Rei | Leiria

Em dias de vento o “Guardião d´El Rei” cumpre o seu desígnio. É há mais de duzentos anos um dos pinheiros-bravos escolhidos para guardar e propagar a vida na Mata Nacional de Leiria. Ao longo da sua existência esta árvore resiliente testemunhou e ultrapassou várias adversidades, como os grandes incêndios de 2017. Para quem o vê faz soar alto uma mensagem de esperança na regeneração do pinhal histórico: um sementão símbolo do renascimento da Mata do Rei.

O Esconderijo | Coimbra

Inserido num imponente souto de castanheiros centenários, com cerca de 800 anos, que foi plantado no inicio do Séc. XIII pelos religiosos Crúzios, do Mosteiro de Folques ( Arganil), esta velhinha árvore serviu, muitas vezes, de esconderijo às crianças que brincavam naquela pequena mata. Devido à sua configuração, este Castanheiro gigante assemelha-se a uma “casa”, onde as crianças da aldeia de Castanheira da Serra brincavam. Neste souto há já uma árvore classificada de Interesse Público.

O Metrosídero do Campo de São Francisco | Ponta Delgada

O Metrosídero do Campo de São Francisco, com os seus 125 anos, foi testemunha silenciosa de muitos inícios de namoro, abrigou as crianças da antiga escola primária do Campo, deu e ainda dá sombra aos peregrinos que todos os anos acorrem às festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Por volta de 1960, por ordem do Engenheiro Silvicultor Estrela Rego, responsável pelos Serviços Florestais, foi elaborado um diploma oficial que considerou e classificou este exemplar como de interesse público.

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