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18% das empresas portuguesas sofrem incumprimentos significativos em 2022

18% das empresas portuguesas confirmam que sofreram incumprimentos significativos em 2022, o que representa uma deterioração de dois pontos percentuais face aos níveis de impacto da morosidade apurados há um ano. Este é um dos dados mais relevantes da vaga de Primavera do Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, no qual participaram os gestores de mais de 300 empresas de todas as dimensões e sectores de actividade.

Por outro lado, 83% das empresas portuguesas inquiridas sentem o impacto do cenário económico no risco de crédito da sua carteira comercial. Que eventos estão a deteriorar de forma significativa o comportamento de pagamento e os níveis de solvência das carteiras de clientes? Uma das novidades de 2023 é a perturbação provocada pelo endurecimento das políticas monetárias dos bancos centrais: o agravamento dos custos financeiros (assinalado por 58% das empresas inquiridas) converteu-se no segundo factor mais desestabilizador do risco de crédito comercial, quando há um ano era um aspecto irrelevante, adianta o mesmo estudo.

O aumento geral da inflação (indicado por 64% das empresas), e os custos com a energia (48%) mantêm-se como os principais factores desestabilizadores do risco de crédito em 2023. A evolução dos preços dos insumos é um factor crítico para a deterioração dos pagamentos e da solvência, na medida em que as empresas repercutem parte destes aumentos nas suas margens por não os transladarem de forma directa para os seus preços finais e enfrentam, além disso, quedas na procura por parte das famílias. São também relevantes as tensões geopolíticas (referidas por 21% das empresas inquiridas) e os problemas na cadeia de fornecimento (17%).

Apesar do estudo confirmar um contexto de deterioração do risco de crédito, apenas 13% do tecido produtivo português registou uma diminuição nas suas vendas, por oposição aos 79% que registaram algum tipo de crescimento. As empresas demonstram confiança que poderão manter esta dinâmica em 2023. Destaque muito positivo para os 46% das empresas que esperam que os seus níveis de facturação continuem a crescer, face a uns exíguos 18% que prevêem que este exercício, em termos de receitas, seja pior que o anterior.

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