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1.ª Jornadas de Inovação e Valorização das Raças Autóctones realizam-se no Fundão

As 1.ª Jornadas de Inovação e Valorização das Raças Autóctones realizam-se a 22 e 23 de Fevereiro, n’ A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, no Fundão. As Jornadas ocorrem no âmbito da 10.ª Exposição Canina Nacional.

Esta iniciativa tem como objectivo a promoção e divulgação das Raças Autóctones e do território que ocupam, sendo destinada a estudantes, criadores, profissionais da área e público em geral.

Actualmente, segundo o INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, estão oficialmente reconhecidas 15 raças autóctones de bovinos, 15 de ovinos, 6 de caprinos, 3 de suínos, 3 de equinos, 4 de galináceos, 1 asinina e 10 de cães.

A organização do evento é do Município do Fundão, Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, d’ Alpetratínia, Instituto Politécnico de Castelo Branco – Escola Superior Agrária de Castelo Branco, Instituto Politécnico da Guarda, Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa e Clube Português de Canicultura.

A edição Especial da colecção “O Livro das Raças – Volume I – Beiras e Ribatejo” será lançado nas “1ª Jornadas de Inovação e Valorização das Raças Autóctones”. Uma obra da autoria da DGAV.

As Jornadas contam com um painel de oradores especializados, das mais diversas áreas e abrangentes a todas as raças portuguesas e projectos relacionados com as mesmas. A entrada nas jornadas tem inscrição obrigatória (aqui), sendo gratuita para estudantes e tendo o custo de 10€ para os restantes participantes.

Lançamento de selo

No dia 22 de Fevereiro, sexta-feira, destaca-se o lançamento, às 9h30, n’ A Moagem, de um selo da República dedicado às Raças de Animais Autóctones. Haverá ainda diversas actividades direccionadas para as crianças.

Ainda no dia 22 de Fevereiro, irá realizar-se uma exposição de Raças Autóctones das Beiras, denominada A Quinta, que terá lugar na Quinta Pedagógica do Fundão.

Programa aqui.

Defesa dos ecossistemas agrários

A preservação das raças autóctones é vital para a defesa dos ecossistemas agrários, permitindo uma utilização mais eficiente dos recursos locais e regionais, tanto genéticos como produtivos, contribuindo para a manutenção de sistemas de produção sustentáveis (porque são consumidores de carbono e reciclam subprodutos agrícolas que dificilmente teriam outros aproveitamentos) e para a fixação das populações rurais, explica a DGAV.

E adianta que é igualmente importante referir a questão da conservação das identidades genómicas, fruto de sedimentações adaptativas milenares, uma vez que cerca de metade das diferenças genéticas são únicas para cada raça e a outra metade é comum a todas as raças da mesma espécie.

Mais amigos do ambiente

Actualmente, os animais classificados como pertencentes a raças autóctones são, nas suas condições de origem, os mais adaptados a um determinado biótopo e com a resiliência produtiva mais natural.

Estes animais são parte integrante dos sistemas agrários mais sustentáveis, mais amigos do ambiente, vitais para a manutenção das populações em meios mais inóspitos, proporcionando simultaneamente a obtenção de produtos diferenciados, com valores distintivos únicos.

Segundo a DGAV, as raças autóctones portuguesas, cuja existência e função têm de ser preservadas e divulgadas, também, pelas crianças, porque esses animais são muito mais do que meros produtores que carne, leite, ovos ou lã; são elementos chave da biodiversidade, de uma paisagem, do equilíbrio ambiental, de alguns produtos característicos a elas associados, da sustentabilidade, sendo também peças indissociáveis das culturas rurais, da tradição, de sabedorias milenares e do futuro do mundo rural português.

Programa pedagógico “A quinta da DGAV”

Compete à DGAV assegurar a protecção, promover a salvaguarda e a valorização dos recursos genéticos animais, designadamente através da coordenação da execução de acções que visem a defesa, a gestão, o melhoramento e a conservação do património genético nacional.

Assim, a DGAV criou o Programa pedagógico “A quinta da DGAV”, iniciado pelo desenvolvimento do livro infantil intitulado “O Livro das Raças” que será apresentado em 5 volumes de forma a abranger todas as Raças Autóctones, distribuídas pelas diversas zonas do país e com os quais se pretende estimular a curiosidade das crianças e dos jovens pelos contextos da ruralidade portuguesa, um mundo às vezes longínquo, mas sem o qual não sobreviveríamos.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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