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Sintomas de declínio rápido da oliveira observados em Puglia, Itália. Foto: EPPO

Xylella fastidiosa: plantas provenientes das ilhas Baleares proibidas em Portugal

A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, depois da identificação de novos focos de Xylella fastidiosa em Espanha, nas ilhas Baleares, emitiu o Ofício Circular n.º 04/2017, no qual alerta que “é proibido ser portador de plantas de qualquer espécie susceptível proveniente das ilhas Baleares”.

“Mais uma vez instamos: caso observe sintomas suspeitos desta bactéria, deve de imediato notificar os serviços de inspecção fitossanitária da Direção Regional de Agricultura e Pescas da área onde se encontra. O sucesso na erradicação de um foco está condicionado à sua detecção precoce”, salienta a DGAV.

Aquela Direcção informa que, na sequência da detecção, a 10 de Novembro de 2016, de Xylella fastidiosa pela primeira vez em Espanha, em cerejeiras num Garden Centre na Ilha de Maiorca, arquipélago das Baleares (objecto do oficio circular n.º 37/2016), as autoridades espanholas desenvolveram averiguações e actividades de prospecção no sentido de identificarem a possível origem do foco e a extensão da contaminação.

Recentemente, no mesmo Garden Centre em Maiorca foram identificadas plantas de Polygala myrtifolia também infetadas, as quais foram provenientes de dois viveiros de Almeria que produzem grandes quantidades de plantas desta espécie e expedem para diversos países na Europa, incluindo para alguns operadores económicos em Portugal.

Origem da infecção desconhecida

As inspecções e testagens realizadas até à data nos referidos viveiros espanhóis, conduzidas pelas autoridades fitossanitárias espanholas, não resultaram na identificação de qualquer planta infectada. Não sendo possível concluir sobre a origem da infecção, nomeadamente se a mesma poderá ter ocorrido nas Baleares fruto de infecções secundárias por insectos vectores, por precaução, a DGAV solicitou aos serviços de inspecção fitossanitária regionais, a realização de inspeções e colheita de amostras nas instalações dos operadores económicos portugueses que receberam plantas desta espécie e provenientes daqueles viveiros espanhóis.

Na sequência das prospecções realizadas nas ilhas Baleares foram entretanto identificadas, nas duas ilhas (Ibiza e Maiorca), mais plantas infectadas de várias espécies vegetais. Como resultado, as autoridades fitossanitárias espanholas publicaram legislação que proíbe a expedição de qualquer espécie hospedeira daquela região.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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