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Turismo fluvial diz que “mau serviço” da CP na linha do Douro não pode continuar

As três maiores empresas de cruzeiros diários no rio Douro – responsáveis por 85% do movimento registado neste segmento do turismo fluvial duriense em 2015 e que, em conjunto, dão emprego a 220 pessoas – decidiram tornar público um comunicado de imprensa, insurgindo-se contra o “mau serviço” que a CP continua a prestar na linha do Douro.

Os três operadores marítimo-turísticos subscritores do comunicado – Barcadouro, Rota do Douro e Tomaz do Douro – responsabilizam mesmo a CP pelos prejuízos que têm registado, nas últimas semanas, com as “desmarcações e pedidos de reembolso de agências de viagens, grupos de turistas estrangeiros e famílias inteiras, pela insuficiente resposta do serviço público ferroviário e inferior valor turístico das alternativas rodoviárias disponibilizadas”.

Ao contrário do que a própria transportadora ferroviária prometeu publicamente em Maio último, as “fragilidades operacionais” subsistem e os transtornos causados às pessoas e aos operadores turísticos continuam a evidenciar uma “oferta insuficiente e desajustada da procura”, havendo quem suspeite do “desvio de automotoras e carruagens desta para outras linhas”, afirmam os gerentes das empresas Barcadouro, Rota do Douro e Tomaz do Douro.

Segundo o comunicado, num dos fins-de-semana de “maior tráfego turístico no Porto e nos 13 municípios da região do Alto Douro Vinhateiro, a CP – Comboios de Portugal dá mostras, uma vez mais, das suas fragilidades operacionais, prejudicando seriamente a actividade económica regional e a mobilidade das populações servidas por uma linha do Douro que, lamentavelmente, a empresa, a Infraestruturas de Portugal e os poderes públicos parecem ter abandonado ao destino”.

“Lamentavelmente, o serviço continua a ser mau, não se tendo registado quaisquer melhorias, ao contrário das promessas feitas publicamente pela própria CP, em comunicado de 12 de Maio último. Continua a haver ligações suprimidas em cima da hora, sobrelotação das carruagens, faltas de manutenção e avarias recorrentes do material circulante, falhas nos sistemas de ar condicionado, carruagens grafitadas (vidros incluídos) e o recurso reiterado a autocarros que fazem por via terrestre o percurso que milhares de turistas antecipadamente escolheram fazer por ferrovia”, dizem os empresários.

1.400 turistas no fim-de-semana

Só neste fim-de-semana e se as expectativas criadas fossem “responsavelmente assumidas, as empresas Barcadouro, Rota do Douro e Tomaz do Douro – operadores marítimo-turísticos responsáveis por cerca de 85% dos cruzeiros diários realizados em 2015 na Via Navegável do Douro – fariam transportar cerca de 1.400 turistas nos comboios da CP”, adianta o comunicado.

Porém, para “seu próprio prejuízo e com consequências negativas para o produto turístico Douro, assim não vai ser, uma vez que o único operador nacional habilitado a fazer o transporte ferroviário de passageiros continua a não prestar um serviço compatível com as necessidades da indústria turística, a mobilidade das populações e a sustentabilidade dos territórios que têm no rio um dos seus principais activos económicos”, garantem os empresários.

A alternativa volta a ser o transporte terrestre, o que nem todos os turistas aceitam, dizem os empresários, salientando que isso “acarreta perdas não desprezáveis a três empresas que no ano passado compraram à CP mais de 750 mil euros em viagens de comboio”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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